Desde o primeiro minuto, clima de decisão, de disputa, rivalidade. Das mais sadias, é verdade, sem confusão, sem discussão, sem bate-boca. Foi assim o jogo que decidiu o Campeonato Baiano, neste domingo, no Barradão. Em campo, Vitória e Bahia disputaram cada lance como se valesse a vida – e, de certa forma, valia. Numa partida equilibrada, as equipes abusaram das chances perdidas, que levaram a um 0 a 0 no placar. O resultado foi o suficiente para o Rubro-Negro, dono da melhor campanha da primeira fase, conquistar o título baiano de 2017.
LEÃO INVENCÍVEL
O título baiano do Vitória veio com um time imbatível. O Rubro-Negro fez uma campanha irretocável: 100% de aproveitamento na primeira fase; nas semi, um empate e um triunfo, resultados que se repetiram na final. Ao fim do estadual, um título conquistado sem uma derrota para manchar a caminhada rumo ao lugar mais alto do pódio.
PRIMEIRO TEMPO
Guto armou o Bahia para abafar a saída de bola do adversário. No começo, a tática deu certo, mas o Vitória se encontrou no jogo e soube trocar passes para chegar ao ataque. Quando não conseguiu infiltrar a defesa do rival, arriscou de fora da área e levou perigo com David e Paulinho. Foi do camisa 26 uma das melhores chances do jogo: acertou a trave depois de boa jogada pelo lado direito do ataque. O Tricolor teve boas chances para abrir o placar, com Edigar Junio no início da partida e um chute de longa distância de Régis.
SEGUNDO TEMPO
O Tricolor até ensaiou uma pressão nos primeiros minutos. Juninho cobrou falta que levou perigo ao gol de Fernando Miguel, e Zé Rafael quase marcou em um chute de fora da área. Mas o Vitória voltou a equilibrar o jogo e assustou com chutes de Paulinho e David. Com a bola, o time de Guto trocava passes, mas estava em dia de atacantes pouco inspirados. O empate em 0 a 0 deu o título para os donos da casa.
PROVA DE FOGO
Chamado às pressas no início da semana, após a demissão de Argel Fucks, Wesley Carvalho passou pela prova de fogo com louvor. Às vésperas da decisão do Baianão, o técnico interino não se abalou pela responsabilidade e conseguiu manter os jogadores unidos em prol do mesmo objetivo, o título, alcançado na tarde deste domingo.
CALIBRA O PÉ
O primeiro tempo teve um show de chances perdidas pelos dois lados. Pelo Vitória, Paulinho perdeu chances, David perdeu duas, Bruno Ramires errou na finalização... Pelo Bahia, Edigar Junio desperdiçou, Régis mandou pra fora, Armero se embolou, Zé Rafael também. Se a galera tivesse acertado o pé, a primeira etapa teria terminado com placar bem diferente.
ASSIM QUE SE FAZ
Depois de quatro clássicos seguidos, marcados por nervos à flor da pele e discussões dentro e fora do gramado, enfim, um Ba-Vi tranquilo. Neste domingo, Vitória e Bahia fizeram uma partida marcada pela paz, sem bate-boca, sem agressão, e deram um exemplo do que deve ser a convivência pacífica entre rubro-negros e tricolores.
PÚBLICO E RENDA
A torcida do Vitória fez bonito: esgotou os ingressos e lotou o Barradão para ver o Leão da Barra levantar a taça. Foram 30.288 pagantes, 30.579 torcedores presentes, para uma renda de R$ 422.561,00.
Fonte: Globo Esporte
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