A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (24) que irá manter o salário de R$ 33,7 mil e o plano de saúde do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), que foi afastado do cargo após ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
Investigado na Operação Lava Jato, Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil em um restaurante nos Jardins, na capital paulista.
O deputado afastado aparece na delação premiada dos donos do frigorífico JBS, Joesley e Wesley Batista, como intermediário do presidente Michel Temer para assuntos da empresa com o governo. Ele atuou para resolver uma disputa relativa ao preço do gás fornecido pela Petrobras à termelétrica do grupo JBS.
Segundo o primeiro-vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), a decisão foi tomada porque Loures continua sendo deputado, embora esteja suspenso do exercício das funções parlamentares. O pagamento do salário continuará sendo feito até quando ele detiver mandato.
Verbas retiradas
No entanto, a Mesa Diretora, que é composta pela cúpula da Câmara e resolve sobre questões administrativas, suspendeu o pagamento da verba de gabinete, que é de R$ 97.116,13 mensais.
Essa verba é usada para o pagamento de salários dos secretários parlamentares, funcionários que não precisam ser servidores públicos e são escolhidos diretamente pelo deputado.
Loures também deixará de receber, no período em que estiver afastado, a Cota Parlamentar, que é um valor destinado para a compra de passagens aéreas, despesas com telefone e correio.
O montante varia conforme o estado da Federação, porque leva em consideração o preço das passagens aéreas de Brasília até a capital do estado pelo qual o deputado foi eleito. No caso de Loures, que é do Paraná, o valor é de R$ 38.871,86 por mês.
Loures também ficará sem o auxílio-moradia, que é R$ 4.253,00 mensais.
Caso Cunha
Ao ser afastado do mandato parlamentar, em 5 de maio do ano passado, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) também continuou recebendo o salário de deputado por quatro meses até ser cassado pelo plenário da Câmara em 12 de setembro.
Como na época do afastamento ele ainda presidia a Câmara, continuou com avião, carro, segurança, equipe do gabinete pessoal e residência oficial à disposição até julho, quando renunciou à Presidência.
Fonte: G1
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