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quinta-feira, abril 27, 2017

Ministério da Justiça manda PF investigar 'Jogo da Baleia Azul'


O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) determinou que a Polícia Federal (PF) investigue os desafios que ficaram conhecidos como "Jogo da Baleia Azul". O suposto "jogo" tem 50 desafios que envolvem isolamento social, automutilação e incentivo ao suicídio de adolescentes e jovens. Instigar ou induzir ao suicídio é considerado crime pelo artigo 122 do Código Penal.
De acordo com comunicado do governo, a orientação foi dada pelo ministro Osmar Serraglio, que decidiu atender pedidos do prefeito de Curitiba, Rafael Greca, e de quatro deputados federais – Laudívio Carvalho (MG), Carmem Zanoto (SC), Pollyana Gama (SP) e Eliziane Gama (MA).
O MJSP diz que, em 18 de abril, após visita do prefeito de Curitiba, Serraglio já tinha solicitado informalmente a apuração. Nesta quarta (26), após a visita dos parlamentares, o ministro formalizou o pedido. Segundo a pasta, pelo menos três mortes suspeitas já são investigadas pelas autoridades locais de Belo Horizonte (MG), Pará de Minas (MG), Arcoverde (PE).
Entenda a Baleia Azul
O jogo da 'Baleia Azul', que propõe 50 desafios aos adolescentes e sugere o suicídio como última etapa, preocupa pais, alunos e professores no Brasil. O que atualmente está sendo conhecido como "jogo" na verdade é uma sequência de troca de mensagens em redes sociais e tarefas a serem cumpridas. Nas conversas, um grupo de organizadores, chamados "curadores", propõe 50 desafios macabros aos adolescentes, como fazer fotos assistindo a filmes de terror, automutilar-se desenhando baleias com instrumentos afiados em partes do corpo e ficar doente.
Segundo o presidente da Safernet, Thiago Tavares, o jogo foi um “fake news” (notícia falsa) divulgada por um veículo de comunicação estatal da Rússia que se espalhou a partir de 2015. “Era um ‘fake news’, mas existe um efeito que, sendo verdadeira ou não, a notícia gera um contágio, principalmente entre os jovens. O jogo não existia, mas com a grande repercussão da notícia, pode ter passado a existir.”

Fonte: G1

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