Uma criança de 4 anos caiu do quarto andar de um prédio em Sertãozinho (SP) e sobreviveu. A menina foi socorrida com ferimentos por vizinhos nesta quinta-feira (6) e passou por uma cirurgia em um hospital de Ribeirão Preto (SP). Segundo a polícia, ela estava sozinha em casa após a mãe ter saído para trabalhar.
A menina deu entrada na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE) acompanhada por uma tia. Ela sofreu uma fratura no fêmur e está internada em observação na enfermaria.
Segundo a delegada Andréa Cristiane Fogaça Nogueira, a menina estava em casa sozinha e usou uma cadeira para subir no tanque de lavar roupas antes de cair pela janela que fica no mesmo cômodo. Durante a queda, ela ainda bateu na cobertura de uma das garagens. Um inquérito policial foi instaurado para investigar a suspeita de abandono de incapaz.
“Nós vamos investigar e tentar elucidar, sobretudo se essa criança ficava sozinha várias vezes ou se foi um caso isolado para verificar a culpabilidade ou não dessa autora, no caso a mãe dessa criança”, diz a delegada.
À delegada, a mãe explicou que deveria ir ao trabalho e saiu de casa por volta das 6h. Ela afirmou que leva a filha todos os dias até a casa da irmã. Na quinta-feira, entretanto, devido à chuva, ela decidiu deixar a menina em casa e levou o filho mais velho até a escola.
Criança ainda bateu em telha de zinco antes de atingir o chão em Sertãozinho (Foto: Reprodução / EPTV)
Em seguida, a mãe contou que avisou a irmã, tia da criança, que havia deixado a filha sozinha em casa e que ela deveria buscá-la no apartamento.
“A tia também tem crianças pequenas em casa e não deu tempo da tia chegar até o imóvel para apanhar a criança, tanto que ela já tinha tomado conhecimento que a criança já havia caído”, explica a delegada.
De acordo com Andréa, os depoimentos dos vizinhos da vítima serão ouvidos nos próximos dias para descobrir se a menina era deixada sozinha em casa com frequência ou se o que ocorreu na quinta-feira foi um caso isolado.
“A lei fala de abandonar incapaz dos riscos inerentes daquele abandono. Não há uma regra específica. De acordo com as provas colhidas nos autos que vamos verificar sobre o indiciamento ou não da mãe dessa criança”, conclui.
Fonte: G1
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