O goleiro Bruno Fernandes foi transferido no início da noite desta quinta-feira (27) para a Penitenciária de Três Corações (MG). Segundo a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), detalhes sobre a transferência não seriam divulgados por motivo de segurança. Bruno se apresentou espontaneamente no início da tarde na Delegacia Regional de Varginha depois que o mandado de prisão foi expedido pela Justiça.
Em nota, a SEAP disse ainda que Bruno Fernandes ocupará uma cela individual, com medida de 4,5m por 4,5m. O espaço possui cama, pia e vaso sanitário de alvenaria.
O jogador se apresentou pela segunda vez na Delegacia de Polícia Civil de Varginha quase 48 horas após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que revogou liminar que o mantinha o atleta, atualmente no Boa Esporte, em liberdade. Bruno se apresentou por volta de 13h45. Ele passou por exames de corpo delito com o médico legista dentro da própria delegacia e por volta de 15h30 foi levado para o Presídio de Varginha.
Segundo um dos advogados de Bruno, Fábio Gama, a defesa já está solicitando junto à juiza responsável pelo caso em Contagem, que ele possa permanecer no presídio de Varginha.
Bruno já havia se apresentado à Polícia Civil na tarde da terça-feira (25), mas foi liberado pelo delegado regional de Varginha, Roberto Alves Barbosa Júnior, pois o mandado de prisão ainda não havia sido expedido. O goleiro assinou uma certidão se comprometendo a se apresentar à Justiça.
Segundo o G1 apurou, a estratégia da defesa é que ele fique preso em Varginha, onde poderia trabalhar e dormir em casa, caso consiga a progressão para o regime semiaberto.
Bruno foi preso em 2010 e condenado em 2013 pela morte da ex-namorada Eliza Samúdio. Desde março, Bruno defende o Boa Esporte, de Minas Gerais, que disputa a segunda divisão do Campeonato Mineiro. A equipe de Varginha não comentou a decisão do STF.
A decisão
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na tarde de terça-feira mandar o goleiro Bruno Fernandes de volta à prisão.
Por 3 votos a 1, os ministros decidiram derrubar uma decisão de fevereiro do ministro Marco Aurélio Mello, que havia determinado a libertação do atleta, após seis anos e meio de prisão. A Primeira Turma é formada por cinco ministros, mas Luís Roberto Barroso não participou do julgamento.
Votaram a favor da volta de Bruno à prisão os ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber e Luiz Fux. O único contrário foi Marco Aurélio Mello.
Na sessão, os ministros analisaram um recurso da mãe de Eliza Samudio contra a soltura, sob o argumento de que a liberdade do goleiro colocava em risco sua própria integridade física e a de seu neto, filho de Bruno com Eliza.
Fonte: G1
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