O deputado estadual Zé Roberto (PT) foi levado para a sede da Polícia Federal em Palmas, na manhã desta segunda-feira (3). O mandado de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para depor, foi cumprido durante a operação Rota 26, que tem o objetivo de investigar desvios de recursos públicos no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), destinados a obras de implantação e recuperação de estradas vicinais em projetos de assentamentos. A ação é realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU).
Ao ser abordado pela TV Anhanguera quando entrava na superintendência da PF, o deputado disse que irá se pronunciar sobre o assunto na Assembleia Legislativa.
O Incra informou que está à disposição da polícia e da CGU para colaborar com as investigações. Disse também que que vem implementando esforços para aprimorar seus mecanismos internos de controle de processos, com o objetivo de prevenir a ocorrência de irregularidades na execução de contratos.
Conforme o instituto, uma das iniciativas foi a implantação da Corregedoria Geral do Incra, no mês passado. Ela acompanhará os desdobramentos da Operação Rota 26, para adoção das medidas cabíveis, conforme as informações.
Segundo a polícia, as investigações apontaram deficiência na elaboração dos projetos de engenharia, sobreposição de projetos para um mesmo trecho, serviços não executados, mas que foram pagos e obras executadas fora da área dos assentamentos, dentre outras irregularidades que resultaram em um prejuízo de cerca de R$ 1,4 milhão.
Os agentes da PF também foram à sede do Incra para cumprir mandados de busca e apreensão. Também são alvos da operação, servidores e ex-servidores do órgão, além de ex-prefeitos, empresários e outro deputado estadual, cujo nome não foi informado.
Participam da operação 90 policiais federais. São cumpridos 39 mandados judiciais em Palmas, Miranorte, Paraíso do Tocantins, Araguaína, Buritis do Tocantins e Araguatins, sendo 21 mandados de busca e apreensão e 18 de condução coercitiva.
São investigados os crimes de desvio de recursos, falsidade ideológica, fraude em procedimentos licitatórios e organização criminosa, cujas penas podem chegar a 12 anos de reclusão.
Fonte: G1
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