Considerado o maior traficante de Goiás, Marcelo Gomes de Oliveira, conhecido como "Marcelo Zói Verde", foi morto a tiros na noite de quinta-feira (20) na cidade de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, segundo o advogado dele, Emerson Thadeu Vita. A suspeita é de que ele usava uma identidade falsa para conseguir escapar da polícia.
Segundo o advogado, ainda não há muitas informações sobre a morte de Marcelo. “A família foi pega de surpresa com essa notícia. Estão indo para a Bolívia para ter mais informações, ver como tudo aconteceu e providenciar o traslado do corpo para o Brasil”, explicou ao G1.
"Zói Verde" chegou a ser condenado a 42 anos de prisão por tráfico interestadual de drogas e associação para o tráfico, em 2015. No entanto, a sentença foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal em fevereiro deste ano.
A Polícia Civil de Goiás explicou que já está em contato com parentes e advogados de Marcelo, os quais afirmam que ele morreu. Porém, a corporação necessita da "formalização de exames" para confirmar a informação. Para isso, já está em contato com as autoridades bolivianas.
"Não podemos descartar que seja outra pessoa. Pode até parecer algo cinematográfico, mas pode ser uma pessoa parecida. Pelas imagens parece ser ele, mas não podemos confirmar com base em fotos", disse o assessor da PC, delegado Gylson Mariano.
Crimes
De acordo com a Polícia Civil, em 2000, Marcelo foi condenado a 21 anos de prisão por latrocínio, mas após três anos teve progressão de pena ao regime semiaberto e fugiu. Ele voltou a ser preso em 2007 por tráfico de drogas, mas conseguiu liberdade provisória.
O traficante só voltou a ser preso em 2014, em Brasília. Marcelo foi apontado pela polícia como chefe de uma quadrilha que ostentava bens de luxo avaliados em R$ 80 milhões. Ele ficou detido em uma cela de segurança máxima na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.
"Zói Verde" foi condenado a 42 anos de prisão por tráfico interestadual de drogas e associação para o tráfico pela Justiça Federal, em junho de 2015. Em 20 de janeiro daquele ano, ele foi solto pelo juiz federal da 11ª Vara da Sessão Judiciária de Goiás, Leão Aparecido Alves. No dia seguinte, a juíza Wanessa Resende Fuso, da 2ª Vara de Execução Penal de Goiânia, pediu que ele fosse preso novamente, em cumprimento a um mandado pelo crime de roubo agravado por lesão corporal grave, mas não foi mais encontrado.
Marcelo era considerado foragido até fevereiro deste ano, quando o Supremo Tribunal Federal suspendeu a condenação dele.
Fonte: G1
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