Piratas sequestraram um navio petroleiro com oito tripulantes do Sri Lanka a bordo, informou uma autoridade da Somália nesta terça-feira (14), a primeira vez que têm
sucesso em tomar uma embarcação comercial desde 2012.
Especialistas disseram que o navio sequestrado nesta semana era um alvo fácil e que os proprietários de embarcações estão relaxando depois de um período longo sem muitos ataques.
O Aris 13 enviou um pedido de socorro na segunda-feira, desligou seu sistema de rastreamento e mudou o curso, rumando para a cidade portuária somali de Alula, disse John Steed, do grupo de ajuda Oceanos Além da Pirataria.
"O navio relatou que estava sendo seguido por dois esquifes segunda-feira à tarde. Depois desapareceu", contou Steed, especialista em pirataria que está em contato com forças navais que procuram o petroleiro.
Aeronaves da força naval regional EU Navfor estão no ar em busca do navio, disse.
"Os piratas sequestraram o navio petroleiro e o trouxeram para perto de Alula", disse Mohamud Ahmed Eynab, comissário distrital da cidade, à Reuters por telefone nesta terça-feira. Piratas em Alula confirmaram que aguardam o navio.
O governo do Sri Lanka informou que o Aris 13 tem oito tripulantes do país a bordo e que navega com bandeira das Ilhas Comores.
Dados de sistemas da Reuters mostraram que o navio de 1.800 toneladas de porte, que viajava de Djibouti a Mogadício, fez uma curva acentuada pouco depois de passar pelo Chifre da África.
O Aris 13 pertence à empresa panamenha Armi Shipping e é administrado pela Aurora Ship Management, dos Emirados Árabes Unidos, de acordo com o site de dados de navegação Equasis, mantido pelo Ministério do Transporte da França.
Sequestros
Na primeira decáda dos anos 2000, ataques de piratas somalis eram frequentes. A pirataria somali inspirou até a um filme, "Capitão Phillips", que aborda a história de um navio sequestrado em 2009.
No ano passado, um grupo de homens mantidos reféns por piratas somalis por quase cinco anos foi libertado e relatou o horror vivido no período - eles dizem ter chegado a comer ratos para sobreviver.
Os 26 homens foram capturados a bordo do navio onde trabalhavam em 2012 e levados para a Somália.
Em 2015, o governo da Somália alertou para um possível retorno da pirataria. Na ocasião, as autoridades locais disseram que a comunidade internacional e a frota que patrulha a costa da Somália deveriam ajudar a criar empregos, melhorar a segurança do país e combater a pesca ilegal.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!