O ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedito Júnior, conhecido como BJ, disse em depoimento ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que no acordo
de delação premiada assinado no âmbito da Lava Jato há 60 anexos em que ele fala sobre demandas de campanhas estaduais de vários partidos com a empreiteira baiana.
Cada anexo é uma história contada pelo delator e pode ter um ou mais envolvidos, informou a Folha.
Nas planilhas apreendidas da Odebrecht em seu Setor de Operações Estruturadas, sabe-se que há a citação de, pelo menos, o nome do senador José Agripino Maia.
De acordo com a delação da empreiteira ele recebeu R$ 1 milhão na campanha de 2014, quando não era candidato, após pedido de Aécio Neves a Marcelo Odebrecht. Também recebeu contribuição de valor indeterminado na campanha de 2010. Também em 2010, o deputado Felipe Maia teria sido beneficiado.
Tanto o senador como o deputado já negaram irregularidades quando as planilhas da Odebrecht vieram à tona. Eles alegam que jamais chegaram a lidar com formas ilegais de financiamento de campanhas eleitorais, tendo recebido recursos estritamente na forma da lei.
A empreiteira também já declarou à Justiça que uma das formas de repassar dinheiro irregular era através de doação legal.
Na campanha de 2014, quem declarou receitas da Odebrecht foi Henrique Eduardo Alves. Ele alega que sua prestação de contas foi julgada e aprovada sem irregularidades.
Fonte: Portal Noar
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