Vagner Mancini já tinha avisado: o duelo com o Lanús seria como um jogo de xadrez. Pois então, os argentinos souberam mexer melhor as peças no tabuleiro da Arena Condá. Com muita inteligência, os visitantes souberam suportar a pressão inicial da Chapecoense no início dos dois tempos, esfriaram o torcedor, ditaram o ritmo apostando na posse de bola e venceram por 3 a 1, de virada, na noite desta quinta-feira, pela segunda rodada da Libertadores. Rossi até abriu o placar para o Verdão, mas Aguirre, Sand e um imparável Acosta decretaram a virada, embolando o Grupo 7.
PANORAMA
Com o resultado da Arena Condá, todos os times do Grupo 7 da Libertadores terminam a rodada com três pontos graças a vitórias como visitantes. Nos critérios de desempate, o Lanús leva a melhor no saldo de gols e lidera, seguido por Zulia, Nacional e Chapecoense. A próxima rodada acontece somente no dia 18 de abril, quando a Chape recebe o Nacional, e o Zulia visita o Lanús. Domingo, o compromisso do Verdão é diante do Tubarão, em casa, pelo Catarinense.
CARRASCO
Vagner Mancini já tinha alertado, o desempenho na campanha do título argentino servia de alerta, mas a defesa da Chape não conseguiu parar o habilidoso Lautaro Acosta. Com muita velocidade, ele deu muito trabalho pela ponta esquerda, sofreu o pênalti do gol da virada e decretou a vitória ao marcar o terceiro. Melhor em campo.
SEM VITÓRIA, SEM CAMISA
Os planos de festa da Chapecoense já tinham sido estragados antes mesmo de a bola rolar. Como o Lanús só trouxe para o Brasil uniformes escuros, os catarinenses não puderam estrear a nova camisa confeccionada exclusivamente para Libertadores e lançada nesta quinta-feira. O jeito foi entrar com o material por cima da branca e depois presentear o torcedor.
SÓ DÁ VISITANTE
Com a derrota da Chape, nenhum mandante conseguiu sequer pontuar em casa pelo Grupo 7 da Libertadores. Todo mundo está empatado graças a vitórias fora de casa. Pior para os catarinenses que tiveram o único revés por dois gols.
ROSSI, O INQUIETO
De positivo para Chape na noite quinta-feira pode ser considerada a volta de Rossi. O atacante já tinha participado do empate com Inter de Lages, mas foi diante do Lanús que voltou a mostrar o futebol de destaque do início do ano. Foram dele as melhores jogadas pelos lados do campo, além do gol e de mostrar muita disposição na marcação no campo de ataque. Merecia ser recompensado com um melhor resultado.
1º TEMPO
Se a previsão de Mancini já era de um duelo também dominado pela mente, o primeiro tempo mostrou que o treinador tinha razão, tamanho foi o cuidado das equipes em cada ação. Brasileiros e argentinos pensaram muito, estudaram muito, e criaram pouco. Com marcação pressão, a Chape até levantou o torcedor no início, chegou ao fundo com Rossi e Reinaldo, mas sem perigo.
A estratégia foi a mesma do Lanús. Depois de "sentir" a Arena, os argentinos avançaram e fizeram da posse de bola uma arma. A diferença chegou a ser de 70% a 30%, mas tanto Artur Moraes quanto Andrada pouco trabalharam. Na Chape, as dificuldades são explicadas pela mudança forçada. Moisés deixou o campo chorando por lesão muscular e deu lugar a Osman, obrigando Luiz Antonio a recuar.
2º TEMPO
A Chape voltou do intervalo do mesmo jeito que começou a partida: acelerada. Bola na área, marcação pressão e...gol! Aos quatro, João Pedro arriscou de longe de canhota e encontrou Rossi, que dominou e tirou do goleiro. A Arena Condá explodiu em alegria. Festa, gritos de Chape e, logo depois, gol do Lanús. Silva ganhou dividida na área e cruzou para Aguirre só escorar. Tudo igual, melhor para os argentinos.
Depois da intensidade inicial, os visitantes apostaram na posse de bola, diminuíram o ritmo e passaram a dominar a partida. De tanto rondar a área, foram premiados aos 21. João Pedro perdeu na corrida para Acosta e fez pênalti, convertido por Sand. Banho de água fria para Chape, com direito a chuva. Mancini fez alterações, a torcida tentou empurrar, mas não teve jeito. Melhor postado, o Lanús fechou o placar com Acosta: 3 a 1.
Fonte; Globo Esporte
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