A Justiça decretou a prisão de dois suspeitos de matar Moacir Bianchi, um dos fundadores da Mancha Alviverde, informou o Ministério Público de São Paulo. O nome
deles, porém, não foi divulgado.
Moacir Bianchi, de 48 anos, foi encontrado morto na madrugada do dia 2 em seu carro na Avenida Presidente Wilson, na altura do número 3.100, no bairro do Ipiranga, Zona Sul de São Paulo. Ele levou 22 tiros, segundo o boletim de ocorrência.
Um dos suspeitos foi identificado pela polícia no começo da semana. É um homem que não tem o nome no cadastro de associados da torcida, mas acompanhava os jogos e foi preso em uma briga.
Em nota, o MP informou que o promotor Tomás Ramadan “solicitou à Polícia Civil que reúna mais elementos para esclarecer, de forma definitiva, qual foi a motivação do crime”, que ocorreu logo após uma reunião na sede da torcida. De acordo com a Promotoria, na ocasião houve uma forte discussão entre Bianchi e o principal suspeito de executar o crime.
Investigação
A imagem da cena do crime e o depoimento de uma testemunha mostrou para a polícia que pelo menos três pessoas participaram da emboscada contra o fundador da Mancha. Uma estava num táxi e teria obrigado o motorista a parar em frente ao carro de Moacir Bianchi. Outra dirigia um carro preto que parou atrás e o terceiro homem desceu para atirar.
Apesar de não divulgar os nomes, o MP informou que os suspeitos que tiveram a prisão pedida são o homem que atirou diversas vezes em Bianchi e o motorista do carro que parou atrás do veículo da vítima.
O presidente da Mancha Alviverde, Anderson Nigro, o Nando, disse que não sabe quem são os assassinos. Nando se apresentou nesta segunda (6) no Departamento de Homicídios, ao lado de um advogado. O depoimento durou três horas. A defesa diz que ele respondeu 58 perguntas. Na saída, negou que tivesse permitido o envolvimento de uma facção criminosa com a torcida organizada.
Na noite que antecedeu o crime, houve uma reunião na Mancha Alviverde. O advogado de Nando, Accyoly Barbosa do Vale, relatou o que aconteceu:
“Tinha uma facção da Zona Norte já esperando lá dentro e uma da Zona Leste. E chegou a turma da Zona Sul. Foi uma bagunça genérica, vamos dizer assim, o Nando não chegou perto do Moacir, não conseguiu. Começou esse desentendimento genérico. Eram três turmas descontentes e aí virou uma bagunça geral”, afirmou.
Depois da morte do fundador, a sede da Mancha Alviverde foi desativada. As portas foram pintadas e o mascote, retirado da fachada.
Fonte: G1
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