Pedro Cardoso, Macial Freire Filho e Alex Bruno da Paz Silva são alunos do IFRN. Na última sexta-feira (24), eles embarcaram para o México a fim de participar da Informatrix Latinoamérica, uma competição científica.
Nesta quarta-feira (29) acordaram apreensivos. Era o dia da premiação. A divulgação dos melhores trabalhos começou às 12h do Brasil e as notícias não podiam ser melhores. Pedro e Macial, do Campus Natal-Zona Norte, conquistaram o ouro superior, o prêmio máximo.
Alex, do Campus Santa Cruz, vai trazer na mala o bronze. Junto com estudante do IFSul, eles eram os únicos representantes do Brasil na competição.
Os trabalhos do IFRN disputaram a categoria robótica. Os estudantes do Campus Natal-Zona Norte desenvolveram o CAPA – Colchão de Auxílio a Pacientes Acamados. Eles são alunos do 4º ano do Curso Técnico Integrado em Eletrônica.
O mecanismo que criaram tem o objetivo de prevenir o aparecimento de lesões por pressão em pacientes acamados. Sua funcionalidade vem através do desenvolvimento de uma cama que, por meio da análise de informações obtidas por sensores, aciona motores para movimentar as áreas diretamente em contato com o acamado, buscando o alívio de pressão e estimulando a circulação sanguínea.
O trabalho dos estudantes é orientado pelo professor Arthur Salgado, que acompanhou a delegação do IFRN na viagem científica.
Alex Bruno desenvolveu o projeto “Energia do Sertão” enquanto era aluno do Curso Técnico Integrado em Mecânica do Campus Santa Cruz, junto com os colegas de curso Lucas Andriê da Costa Pinto e Mohammed Matheus Antunes Reinaldo.
Hoje, Alex faz a Licenciatura em Matemática do mesmo Campus e continua envolvido com a melhoria do trabalho. O objetivo é ajudar famílias carentes das zonas rurais nordestinas ainda não beneficiadas por companhias elétricas ou, para as já atendidas por essas companhias, diminuir a fatura mensal da tarifa de energia. A iniciativa é um sistema híbrido que utiliza energia eólica e solar.
INVESTIMENTO NA CIÊNCIA
Coorientado pelo professor Salomão Sávio, o trabalho de Alex tem orientação de João Teixeira, que hoje está na Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (Propi) do IFRN. Para o professor, “é muito gratificante ver nossos projetos entre os melhores da América Latina. O prêmio na verdade é a concretização de um processo, que começa com a pesquisa básica e vai até a apresentação em uma feira internacional”, explicou.
O sucesso dos estudantes vem de uma trajetória de premiações em eventos científicos. O trabalho do Campus Zona Norte foi credenciado para a Infomatrix após premiação na Mocitec ZN, evento científico promovido pelo próprio Campus. Já o do Campus Santa Cruz, em setembro de 2016, conquistou o ouro na edição brasileira da Infomatrix.
Para o pró-reitor de Pesquisa e Inovação do IFRN, professor Márcio Azevedo, os prêmios confirmam também a preocupação e o incentivo do Instituto para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte e da ciência aplicada, marca dos Institutos Federais. O depoimento do estudante Alex Bruno reforça a fala do pró-reitor: “o IFRN é uma casa que apresenta o mundo a nós estudantes. Estou em outro país, conhecendo outra cultura, novas pessoas e podendo receber mais contribuições para o meu trabalho”.
Fonte: O Mossoroense
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