A família da mulher que foi encontrada morta, seminua e acorrentada na cama de uma casa na região rural de São José do Rio Preto (SP) diz que a vítima estava lá para alfabetizar e dar ensino
religioso a um dos moradores, que é um dos suspeitos do crime. A vítima foi enterrada na manhã desta terça-feira (14).
“Ela estava ensinando o morador, alfabetizando ele há quatro meses, e ninguém imaginava que iria fazer uma coisa dessas. Ela era uma pessoa inocente, vivia fazendo caridade. Ela trabalhava em um projeto para crianças. Ela só fazia o bem, não tem explicação, pela maldade que fizeram com ela”, afirma Laudiceia Lopes, cunhada da vítima, em entrevista ao G1 nesta segunda-feira (13).
Simone de Moura Facini Lopes tinha 31 anos. Ela era casada com César Lopes há 13 anos, com quem tinha um filho de 12.
Simone dava aulas para crianças em um projeto social, era frequentadora de uma igreja e ajudava pessoas de fora também. Ela morreu justamente em um lugar onde ela fazia um serviço voluntário. A igreja onde ela frequenta afirma que este trabalho não foi indicação da igreja.
A vítima frequentava a chácara há mais ou menos quatro meses. Segundo a família, ela ensinava um homem de 64 anos a ler e escrever. Neste domingo, dia em que foi morta, ela daria aula de ensino religioso.
Ainda segundo os familiares, Simone saiu de casa às 11h e, no fim da tarde, ainda não tinha voltado pra casa. A família ficou preocupada, e o marido foi até a chácara, mas o crime já tinha acontecido.
De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima estava seminua e foi amarrada com correntes que prendiam pés e mãos, todas fechadas com cadeados. Simone ainda tinha ferimentos graves na cabeça. Uma marreta com marcas de sangue foi apreendida, provavelmente a arma utilizada no crime.
Segundo a polícia, outro homem, de 47 anos, frequentava o local e foi ele quem chegou primeiro na cena do crime e chamou a polícia. Ele entregou aos investigadores a marreta. Já o aposentado que recebia a ajuda de Simone não estava no local e permanece desaparecido.
O delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) Fernando Tedde confirmou que os dois tinham passagens pela polícia por estupro. O caso seguem em investigação.
“A polícia trabalha com todas as alternativas, conforme vamos ao local, aumenta o leque de investigações. A gente parte de pessoas que tinham maior contato com ela, dentre elas a pessoa que não foi encontrada para prestar esclarecimentos, passa ter maior cuidado da polícia como suspeito”, diz o delegado.
A perícia científica foi para o local junto com os primeiros policiais e coletou materiais que podem ajudar a identificar o autor do crime.
Fonte: G1
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