A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Mossoró, na região Oeste potiguar, já começou a ouvir as pessoas que sobreviveram à chacina que aconteceu durante um baile funk realizado na noite do
sábado (11) no bairro Boa Vista. Cinco pessoas morreram e pelo menos outras cinco ficaram feridas.
Segundo o delegado Rafael Arraes, a fase de oitivas deve durar muitos dias em razão da quantidade de pessoas que devem ser convocadas para depor. “Começamos pelos organizadores do evento, algumas pessoas que estavam na festa e também alguns que ficaram feridos pelos disparos. Mas ainda tem muita gente para ser ouvida, até porque o baile reuniu umas cem pessoas”, ressaltou.
Ainda de acordo com Arraes, a investigação está só começando. “Essa fase de depoimentos é a inicial. Depois, partiremos para as diligências. Temos 30 dias para concluir o inquérito e por enquanto não podemos falar nada sobre motivação ou pistas dos assassinos”, acrescentou o delegado.
Sem licença
A casa de recepções onde foi realizado o baile funk está fechada. E deve permanecer assim por um bom tempo. Segundo o delegado, o estabelecimento não possui licenças. “Não tem alvará, licenças de funcionamento, nada. Estava toda irregular. O dono do imóvel simplesmente colocou uma placa e abriu a casa”, afirmou.
Eriely Amanda, de 21 anos, foi uma das vítimas da chacina (Foto: Reprodução / Facebook)
A chacina
As vítimas da chacina, quatro homens e uma mulher, estavam na festa, batizada de 'Primeiro Baile de Favela', quando os bandidos chegaram, entraram e começaram a atirar. Houve correria e outras pessoas acabaram baleadas ou feridas. A polícia encontrou capsulas de pistola e fuzil no local.
Os mortos foram identificados como Eduardo Nunes Farias, de 19 anos; Eriely Amanda de Souza Neves, de 21 anos; Israel Gomes Bezerra, de 19; Kaynan Gomes, conhecido como 'Mc Kay', de 16; e Jocie Morais da Fonseca, de 20 anos.
Eduardo Nunes Farias, de 19 anos; Israel Gomes Bezerra, também de 19, Kaynan Gomes, conhecido como 'Mc Kay', de 16; e Jocie Morais da Fonseca, 20, também foram mortos a tiros (Foto: PM/Divulgação)
Inicialmente, a polícia havia divulgado que o DJ que tovaca na festa tinha morrido no Hospital Regional Tarcísio Maia, mas, na manhã do domingo (12), a informação foi corrigida. O DJ está entre os feridos e a vítima que morreu no hospital foi Jocie Morais.
Entre os outros mortos, a jovem Eriely Amanda foi atingida por um tiro de espingarda na cabeça. Ela tinha sido mãe no final do ano passado. Kaynan Gomes ainda tentou correr, mas caiu morto próximo ao portão de acesso ao local do evento. Eduardo Nunes também tentou correr para se salvar, no entanto, foi perseguido e morto nas imediações do buffet.
Munições de fuzil foram encontradas pela polícia após as mortes (Foto: Marcelino Neto)
Fonte: G1
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