As centrais sindicais pretendem fazer uma paralisação geral no dia 28 de abril em protesto contra a reforma da Previdência, mudanças na legislação trabalhista e o projeto de terceirização aprovado na Câmara dos Deputados na semana passada.
A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (27) após reunião em São Paulo na sede da União Geral dos Trabalhadores (UGT). Além da entidade, participaram do encontro a CTB, a CSB, a Nova Central, a Força Sindical, a CUT, a Intersindical, a CSP-Conlutas e a CGTB.
"Em nossa opinião, trata-se do desmonte da Previdência Pública e da retirada dos direitos trabalhistas garantidos pela CLT. Por isso, conclamamos todos, neste dia, a demonstrarem o seu descontentamento, ajudando a paralisar o Brasil", escrevem, em nota conjunta.
Parte das entidades estaria disposta a diminuir a resistência às propostas de reforma em troca de ajuda do governo para retomar a cobrança da contribuição assistencial (taxa paga por trabalhadores para financiar a atividade dos sindicatos), conforme reportagem da Folha publicada neste sábado (25).
Em 15 de março, as centrais sindicais e movimentos sociais, como o MST (Movimento dos Trabalhadores sem terra) e o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), organizaram um dia de paralisação e protestos em diversas cidades do país contra a reforma da Previdência e o governo do presidente Michel Temer.
Na ocasião, as centrais se dividiram. Apesar de todas terem participado das paralisações, UGT e Força Sindical não participaram do protesto na avenida Paulista para não "fortalecer o PT", segundo a Folha apurou. O ex-presidente Lula fez um discurso ao final da manifestação.
Fonte: Folha de São Paulo
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