sábado, fevereiro 04, 2017

Suspeitos de matar adolescente, mãe e padrasto são indiciados em SP

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/A mãe e o padrasto do jovem Itaberli Lozano, de 17 anos, achado morto em janeiro deste ano em Cravinhos (SP), foram indiciados nesta sexta-feira (3) por homicídio
qualificado e ocultação de cadáver. A Polícia Civil concluiu o inquérito e encaminhou à Justiça o pedido de conversão da prisão temporária do casal em preventiva.
Segundo o delegado Helton Testi Renz, responsável pela investigação, a gerente de supermercado Tatiana Lozano Pereira, de 32 anos, matou o próprio filho a facadas. Ela contou com a participação de dois jovens que espancaram o adolescente dentro da casa da família. Após as agressões, Tatiana esfaqueou o adolescente e teve a ajuda do marido, o tratorista Alex Pereira, de 30 anos, para retirar o corpo do imóvel e levá-lo até um canavial, onde foi incendiado.
Os dois jovens suspeitos de participação no crime, um de 18 e o outro de 19 anos, estão presos e também foram indicados por homicídio doloso qualificado e ocultação de cadáver.
Procurados pelo G1, os advogados de defesa não foram localizados para comentar o assunto.

Imagem postada em rede social mostra Itaberli ao lado da mãe (Foto: Reprodução/Facebook)Imagem postada em rede social mostra Itaberli ao lado da mãe (Foto: Reprodução/Facebook)

Investigação
O corpo de Itaberli foi achado carbonizado no dia 7 de janeiro em um canavial. A família chegou a registrar um boletim de ocorrência relatando o desaparecimento do jovem.
No dia 11 de janeiro, a mãe e o padrasto foram presos e confessaram o crime. Inicialmente, Tatiana disse que discutiu com o filho dentro de casa, o esfaqueou na madrugada de 29 de dezembro e, com a ajuda do marido, queimou o corpo no canavial.
Dias depois, Tatiana mudou a versão e disse que dois jovens mataram seu filho e eles também foram presos.
O delegado, no entanto, descartou a versão e apontou coerência no depoimento dado por uma estudante de 15 anos, responsável por apresentar Tatiana aos rapazes – um deles é namorado da menor.
Segundo depoimento da menina ao Ministério Público, Tatiana teria dito a ela que o convívio com o filho estava insuportável, devido aos supostos comportamento agressivo e consumo de entorpecentes, e queria que dessem “uma lição” em Itaberli. A menor afirmou que apresentou o namorado e um amigo à gerente de supermercado.
“A menina disse que estava lá e que viu tudo, que foi a mãe quem esfaqueou depois que os rapazes agrediram a vítima. Então, eu tenho a primeira versão da mãe dizendo que o esfaqueou e tenho a versão da menina confirmando isso. Eu não tenho nenhuma versão apontando outra pessoa como autora das facadas”, justifica.
A menor também responderá por ato infracional equiparado a homicídio qualificado. A Justiça determinou a internação da menina na Fundação Casa no último dia 27, onde ela pode permanecer até completar 21 anos, caso sua participação direta no crime seja comprovada.

Os dois jovens suspeitos de agredir a vítima antes da morte, Victor Roberto da Silva e Miller da Silva Barissa, também foram indiciados. Mesmo que não tenham dado o golpe fatal, o delegado explica que os rapazes participaram ativamente do crime combinando a emboscada.
Ainda segundo o delegado, o padrasto de Itaberly foi indiciado por ter participado das conversas que foram mantidas antes para planejar as agressões contra a vítima estava no local durante a ação. “Ele ajudou Tatiana a esconder e queimar o corpo”, diz.
Embora tenha encerrado o inquérito, o delegado ainda aguarda os laudos da necropsia e do teste de luminol feito na casa da família, onde manchas de sangue foram encontradas.
"Eu precisei encerrar o inquérito um pouco antes do prazo, porque semana que vem vence a prisão temporária e corre o risco de eles ficarem em liberdade. Ainda vou receber os laudos de exames importantes para a investigação, mas todos serão acrescentados ao processo conforme eu os receber", diz.
O Ministério Público considera que o crime foi motivado por homofobia, já que há relatos de que a mãe não aceitava o fato de o filho ser homossexual. Já a Polícia Civil sustenta a tese de conflito familiar, alegando histórico de agressões entre ambos.
A mãe de Itaberly está presa na Penitenciária de Tremembé (SP). O padrasto e os dois jovens estão na cadeia de Santa Rosa de Viterbo (SP).

Itaberli Lozano foi encontrado morto em canavial na Rodovia José Fregonezi (Foto: Reprodução/Facebook)Itaberli Lozano foi encontrado morto em canavial na Rodovia José Fregonezi (Foto: Reprodução/Facebook)

Fonte: G1

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