Meteorologistas e representantes de diversas instituições nacionais estão reunidos no Rio Grande do Norte nesta segunda-feira (20) para discutir e apresentar a previsão do tempo para o Nordeste
brasileiro nos meses de março, abril e maio. O estado passa atualmente pela mais longa e severa seca de sua história. O boletim meteorológico será divulgado nesta terça-feira (21) às 11h.
Durante a manhã, foram apresentadas palestras sobre os fatores que interferem na previsão climática. À tarde, serão discutidos relatórios preparados pelas instituições participantes e, a partir desses dados, feita a previsão do tempo para os próximos três meses.
De acordo com o pesquisador Caio Coelho, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o resfriamento do Oceano Pacífico não fez chover no Nordeste tanto quanto o esperado. Ele explicou que a previsão fica mais difícil quando os oceanos Pacífico e Atlântico não “falam a mesma linguagem”.
Além de pesquisadores da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), do Inpe e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), estudantes de Meteorologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) também participam da reunião na sede da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn).
Secas no Nordeste
Os primeiros registros de seca no Nordeste datam de 1583, algumas décadas depois que os portugueses começaram a conquistar o Brasil. Ao longo da história, os ciclos de estiagem se repetiram; o coordenador do Inmet, Expedito Rebello, destaca o período de 1776 a 1778, quando boa parte do gado morreu por causa da seca.
Segundo Expedito, a primeira ação governamental para tentar mitigar o problema da seca foi em 1877, com o incentivo à construção de cacimbas. Em 1909, o governo federal criou o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e o Inmet. Desde os anos 40, a estratégia do poder público é investir na construção de reservatórios.
Colapso hídrico no RN
O Rio Grande do Norte passa atualmente pela mais longa e severa estiagem da história do estado. Dos 167 municípios do estado, 153 estão em situação de emergência. De acordo com dados da Companhia de Águas e Esgotos do estado (Caern), o abastecimento foi cortado em 18 cidades. Em outras 76, sistemas de rodízio foram adotados.
Fonte: G1
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