Um vídeo divulgado pelo Grupo de Operações Especiais (GOE), unidade de elite da Secretaria de Justiça e Cidadania, mostra o momento em que os agentes penitenciários invadem o pavilhão 5
de Alcaçuz para retomar o controle da unidade e fazer a contagem dos presos. A operação aconteceu nesta terça-feira (24). Rebelados e armados desde o dia 14 de janeiro, presos de uma facção criminosa promoveram a matança de detentos rivais.
A operação de intervenção e retomada do controle da Penitenciária de Alcaçuz teve início às 10h, com participação de policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), do Batalhão de Choque (BPChoque) e de agentes penitenciários do Grupo de Operações Especiais (GOE).
Pelas imagens é possível ver o exato momento em que os agentes entram pelo estreito portão enferrujado da unidade, que dá acesso ao pavilhão 5. Os oficias armados, entram em formação e são acompanhados pelo Grupo Penitenciário de Operação com Cães (Gpoc).
Dentro do pavilhão, o cenário é de destruição, abandono e nenhum sinal dos detentos no pátio. O lixo se espalha até onde a vista alcança e os agentes seguem na operação. Alcaçuz é palco da maior crise do sistema prisional potiguar. Até o momento, a Polícia confirma a morte de pelo menos 26 homens.No entanto, membros como braço e cabeça foram encontrados e, por isso, acredita-se que o número e vítimas pode crescer.
Mas poucos minutos após o Grupo de Operações Especiais (GOE) do Sistema Penitenciário sair de dentro do Pavilhão 5 de Alcaçuz, onde houve uma intervenção nesta terça-feira (24), presos subiram ao telhado da unidade segurando armas brancas e celulares. A equipe do G1 registrou a ação dos detentos às 15h35. O governo não divulgou o resultado da operação.
Alcaçuz fica em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal. Com capacidade para 620 presos, a unidade possui atualmente 1.150 detentos. A grande maioria dividida em duas facções criminosas. De um lado o PCC. Do outro, o Sindicato do RN, dissidente da facção que nasceu nos presídios de São Paulo.
Divisão
Na área dos pavilhões 4 e 5 estão membros do PCC. Do outro, nos pavilhões 1, 2 e 3, estão detentos que fazem parte do Sindicato do RN. Na intenção de conter a violência, um muro de contêineres foi posicionado no sábado (21) para dividir as facções, eles serão substituídos por um de concreto de 90 metros de extensão. Segundo o governo, a construção do muro permanente levará 15 dias.
Fonte: G1
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