A posse de Marcelo Fuschilo (PSD) como vereador na Câmara Municipal de Mococa (SP) gerou polêmica na cidade. Ele era suplente de Eduardo Ribeiro Barison (PV), que pediu licença
para assumir o Departamento Municipal de Saúde.
Preso em dezembro por suspeita de pedofilia, o professor obteve liberdade provisória e responde processo por troca de imagens pornográficas. A defesa dele afirma que ele recebeu fotos e nenhuma foi tirada por ele. (veja abaixo o posicionamento).
Críticas
A posse aconteceu no último dia 17 e, desde então, virou tema de discussões entre moradores. Alguns demonstraram descrença com a notícia e outros criticaram a medida na página "De Olho Na Câmara Mococa".
"Que vergonha", postou uma internauta, seguida por comentários como "Mococa cada vez mais se afundando", "vergonha de ser mocoquense", "indignação" e "ridículo".
"O impacto foi grande", contou o microempreendedor Guilherme Ferracioli. "Não é contra a pessoa, é a situação. O cara acaba de sair da cadeia e assume como vereador como se nada tivesse acontecido. A gente tinha que ter um mínimo de vergonha na cara", criticou.
Para ele, o correto seria esperar o julgamento do caso e, comprovada a inocência, haver a posse. "A cidade já está sem prefeito e agora mais essa", desabafou.
Defesa
Advogado de Fuschilo, Orestes Mazieiro afirmou que o professor foi preso para que a polícia investigasse o caso e que a medida é comum em ocorrências do tipo para que o suspeito não destrua eventuais provas.
Ele disse que foram encontradas fotografias de adolescentes enviadas para o celular de Fuschilo, entre elas montagens, e que nenhuma imagem foi tirada pelo professor. "Ele não teve contato pessoal nenhum", defendeu.
Mazieiro também enfatizou que o que será analisado pela Justiça se refere ao âmbito particular, que não aconteceu nada em salas de aula ou com alunos.
Por fim, afirmou que a acusação de assédio sexual deixou de existir e que seu cliente responde pelo artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Nesse trecho, o ECA estipula as sanções para quem vende, compra, publica, troca ou transmite foto ou vídeo que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. A pena varia de três a seis anos de reclusão e multa.
Procurado pelo G1, Fuschilo informou que preferia se posicionar apenas através de seu advogado.
Entenda o caso
Fuschilo foi preso em 15 de dezembro por suspeita de pedofilia. Na época, ele atuava como professor do Sesi e a Polícia Civil informou que havia encontrado em sua casa computadores e um celular com imagens de crianças e adolescentes sem roupas. Disse ainda que o suspeito trocava as imagens com outras pessoas.
Ele foi levado para a cadeia de Casa Branca e foi transferido para Sorocaba, de onde saiu após um pedido de Mazieiro.
"O juiz entendeu que era caso de liberdade provisória", disse.
Segundo o advogado, Fuschilo será intimado para apresentar sua defesa e, enquanto o caso não for julgado, pode exercer qualquer função. "Ele não foi condenado a nada", reforçou.
Fonte: G1
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