Um edifício de 15 andares desabou após um incêndio nesta quinta-feira (19) em Teerã. Dezenas de pessoas ficaram feridas e muitos bombeiros
estão desaparecidos após o desabamento
Segundo o chefe de serviços de emergência, Pir Hossein Koolivand, havia "70 feridos, incluindo 23 hospitalizados" por causa do desabamento.
A TV iraniana afirmou que vários bombeiros trabalhavam no momento do desabamento. "Acredito que haja de 40 a 50 pessoas" sob os escombros, disse Ali, um bombeiro que participa na limpeza da estrutura destruída.
Os bombeiros tentam resgatar seus companheiros que ficaram presos entre os escombros, segundo a agência semioficial "Tasnim".
Agência de Notícias Tasnim via Reuters
Prédio desaba após incêndio em Teerã
Mais cedo, a imprensa oficial iraniana chegou a indicar que cerca de 30 bombeiros haviam morrido.
Também não foram determinadas as causas do fogo, que provocou primeiro a queda do muro norte do edifício, cujo acesso a seus arredores está fechado pela polícia.
O prédio, construído no início dos anos 1960, era um dos mais altos da capital iraniana e abrigava um centro comercial.
O centro comercial Plasco, que abrigava lojas e oficinas de confecção, ficava na avenida Yumhuri, uma das principais do centro de Teerã.
Vahid Salemi/ AP
Bombeiros trabalham no incêndio de um edifício no centro de Teerã, no Irã
Vahid Salemi/ AP
A polícia evacuou o bairro no qual o edifício se encontra por medo de explosões provocadas por vazamentos de gás, segundo a agência de notícias AFP.
"Havíamos advertido várias vezes os responsáveis do edifício" de que não era seguro, disse um porta-voz dos bombeiros, Jalal Maleki, lamentando que não tenham levado em conta as advertências.
Ele cita ainda a quantidade de roupas armazenadas nas escadas, "o que é contrário às normas de segurança".
O incêndio teve início no início da manhã, no horário local, e durou quatro horas. Foi declarado no nono andar e se propagou até o décimo-quinto, segundo os bombeiros.
Antes do desabamento, a televisão divulgou imagens nas quais enormes chamas saíam dos últimos andares.
O edifício foi construído pelo empresário judeu Habibollah Elghanian, que, depois da revolução islâmica de 1979, foi condenado à morte e executado por seus supostos vínculos com Israel.
Fonte: Uol
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