Um robô da Nasa, a agência espacial americana, descobriu o que pode ser um meteorito metálico na superfície de Marte.
Uma imagem do objeto, feita no último dia 12 e disponibilizada no site da Nasa, revela que ele já foi "escaneado" pelo raio laser que o veículo usa para vaporizar parte da superfície de amostras, enquanto um espectômetro detecta sua composição através da análise da nuvem de plasma provocada pelo raio.
As imagens sugerem que o suposto meteorito poder ser feito de uma combinação entre ferro e níquel, e se isso for confirmado pela análise dos dados coletados pelo Curiosity, se saberá que ele foi formado a partir do núcleo de um asteroide. As imagens também revelam que o objeto tem sulcos compatíveis com o atrito de entrada na atmosfera de um planeta.
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"O objeto foi batizado de Ames Knob e lembra outro meteorito examinado pelo Curiosity em novembro, e cuja análise revelou uma composição de ferro e níquel", disse Guy Webster, um porta-voz da Nasa, ao site americano IFL Science.
Veículos-robô em Marte já encontraram sete meteoritos metálicos no planeta (pelo menos sete foram localizados por outros veículos americanos, o Opportunity e o Spirit), mas o interessante nisso tudo é essa particularidade de seu perfil. Na Terra, 95% dos meteoritos encontrados são rochosos.
Por que isso ocorreu? Pode ser fruto da diferença de ambientes entre os dois planetas no que diz respeito à erosão. Ou pelo fato de o terreno escarpado de Marte tornar mais difícil a localização de rochas específicas.
A ausência de oxigênio e água na atmosfera de Marte impede a oxidação de objetos metálicos, que são erodidos pelo vento e mudanças de temperatura.
Observações iniciais das imagens sugerem, de acordo com a revista "New Scientist", que o meteorito pode ter caído há relativamente pouco tempo, pois sua superfície parece suave e brilhante – ele ainda não teria sido erodido. Só que também pode se tratar de um meteorito antigo que foi polido pelas violentas tempestades de areia que atingem o planeta.
O Curiosity percorreu mais de 15 km desde que pousou no interior da Cratera Gale, há quatro anos e meio. Os cientistas americanos esperam tentar criar uma linha de tempo para as transformações ambientais sofridas pelo planeta – acredita-se, por exemplo, que a cratera, hoje um imenso deserto assolado por ventos, já foi um imenso lago que poderia ter abrigado algum tipo de vida.
Fonte: G1
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