Uma das facções criminosas que disputam o controle dos presídios e o domínio do tráfico de fora das unidades prisionais do Rio Grande do Norte planejava invadir uma
delegacia para roubar armas e viatura. Isso é o que mostra uma interceptação telefônica feita com autorização judicial e que consta em investigações da polícia e do Ministério Público potiguar. A gravação, de 16 minutos, foi feita às 10h23 do dia 5 de novembro de 2015.
"Vai pra cima, pô! A primeira reta pra nóis ir ali é em cima de uma delegacia pequenininha, que tenha dois policial, que tenha pouco movimento. Pra ver se pega uma viatura, qualquer coisa, pra nóis pegar umas ferramenta, se armar, tanto você quanto (...) já tem dois policiais [inaudível] o maior [inaudível] do mundo. Pronto! Os boy tem que ir pegar ainda hoje, homem. Pronto! Olhe, você que tá na rua aí, que tem a visão aí, pô, mais os cara aí pra ir marcar a linha. (...) E seus parceiros (...) e seus parceiros aí, pô, já organiza tudo, troca umas ideias entre vocês aí, e já organiza tanto as ferramentas pra vocês ir pegar, tá ligado, pra se armar! Como pra ir buscar moeda”(sic), é o que um diz um homem que está preso para um comparsa da facção que está fora do sistema prisional."
Ferramenta, segundo policiais explicaram ao G1, seria como os criminosos chamam as armas de fogo. Moeda seria uma ordem para fazer assaltos. Como o áudio ainda está sob investigação, os nomes dos interlocutores serão preservados.
Em outra interceptação, um criminoso do Rio Grande do Norte fala com um integrante da facção em São Paulo. O potiguar diz ao paulista sobre o surgimento e crescimento de uma facção rival e chega pedir o envio de armas, inclusive uma metralhadora. Segundo a polícia, os ataques não se concretizaram. Essa gravação foi feita às 19h04 do dia 9 de outubro de 2015, e durou 20 minutos.
"Qual é as ferramentas que tem lá, mano?", pergunta o paulista. E o potiguar responde: "Meu irmão, tem metralhadora, tá ligado? A gente tava pensando se mandava uma metralhadora e uma pistola. Se for pra mandar só a pistola, melhor mandar a metralhadora".
Fonte: G1
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