O Ministério Público Federal (MPF) afirma que o empresário Eike Batista repassou US$ 16,5 milhões em propina para o ex-governador Sérgio Cabral numa conta no
Uruguai em nome de terceiros.
A procuradoria relata na petição da Operação Eficiência, deflagrada na manhã desta quinta-feira (26), uma complexa operação para repassar parte dos US$ 100 milhões ocultados pelo empresário para Cabral.
De acordo com os procuradores, Eike e Flávio Godinho, também alvo da operação, usaram a conta Golden Rock no TAG Bank, no Panamá, para repassar propina solicitada por Cabral em 2010.
"Para dar aparência de legalidade à operação foi realizado em 2011 um contrato de fachada entre a empresa Centennial Asset Mining Fuind Llc, holding de Batista, e a empresa Arcadia Associados, por uma falsa intermediação na compra e venda de uma mina de ouro", diz o MPF.
No cumprimento de um mandado de busca e apreensão realizada em 2015 foram encontrados extratos que comprovavam a transferência dos valores da conta da Golden Rock para a empresa Arcadia.
O MPF afirma também que Eike, Godinho e Cabral tentaram atrapalhar as investigações por orientarem os donos formais da Arcadia a manterem a versão de que a compra e venda da mina ocorrera.
"De maneira sofisticada e reiterada, Eike Batista utiliza a simulação de negócios jurídicos para o pagamento e posterior ocultação de valores ilícitos, o que comprova a necessidade da sua prisão para a garantia da ordem pública", afirmam os nove procuradores corresponsáveis pela Operação.
Fonte: Folha de São Paulo
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