O ano começou com um sinal de alívio para devedores. A queda da taxa básica de juros (Selic) de 13,75% para 13% ao ano levou grandes bancos brasileiros a
anunciar a redução no custo do crédito para correntistas.
Segundo especialistas, agora é a janela para renegociar dívidas contraídas nos últimos anos, quando o juro ultrapassava os 14% ao ano e não havia sinal de retomada da economia no horizonte.
"Uma renegociação agora pode valer a pena. Nos últimos dois anos, os bancos aumentaram o custo do dinheiro para compensar a retração no crédito", afirma José Faria Júnior, planejador financeiro certificado pela Planejar, Associação Brasileira de Planejadores Financeiros.
A Folha projetou a economia de uma pessoa que tem crédito pessoal contratado em um dos grandes bancos brasileiros antes e depois da redução das taxas máximas.
Apesar da possibilidade de reduzir o custo da dívida existente, os juros máximos no empréstimo pessoal ainda são elevados quando comparados a outras linhas, como o consignado (cujas taxas rondam os 30% ao ano).
Mais caros ainda são o cheque especial e o rotativo do cartão (330% e 480% ao ano). Os bancos também repassaram a queda da Selic para essas linhas, que têm as maiores taxas do mercado. Esse tipo de empréstimo, porém, é emergencial e sempre será uma dívida cara.
Antes de fechar uma renegociação com o banco, o consumidor deve pesquisar nos concorrentes, em busca de custos menores.
Depois da primeira roda- da de renegociações, Faria Júnior recomenda, ainda, um segundo acordo no segundo semestre, quando, espera-se, a economia estará em recuperação. Isso porque a expectativa de retomada e os primeiros sinais de estabilização do desemprego podem reduzir o risco de inadimplência. E esse deverá ser o segundo motor de queda de juros ao consumidor.
Fonte: Folha de São Paulo
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