sábado, janeiro 14, 2017

'Cada gravação eu fiz em homenagem a ele', diz Lucas Veloso sobre Shaolin

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/"Cada gravação neste ano eu fiz em homenagem a ele". Este é o balanço que o ator Lucas Veloso faz dos primeiros doze meses em que teve que conviver com a ausência
do pai, o humorista Shaolin. Neste sábado (14) completa um ano da morte do humorista, encerrando uma luta de quase cinco anos após um acidente que o deixou em coma por quatro meses e, por conta das sequelas, o impedia de falar, fazendo com que ele se comunicasse com expressões faciais.
No mesmo ano em que o pai morreu, Lucas estreou nas novelas com um personagem que levava seu nome na novela 'Velho Chico' e chegou a ser indicado como ator revelação no prêmio 'Melhores do Ano do Faustão'.
Contracenando com nomes consagrados na dramaturgia brasileira, como Antônio Fagundes, Domingos Montagner, Camila Pitanga e Christiane Torloni, o ator paraibano ganhou destaque na trama, mas lembra que tudo começou em casa, vendo o pai. "As coisas fluíram graças a Deus e devo muito a meu pai por isso", celebra.
Em 2014, Lucas já tinha dito em entrevista que Shaolin era uma espécie de diretor do espetáculo que ele estava apresentando. "Todas as piadas eu testo com ele para saber se podem ou não ir”, disse na época.
O filho do humorista destaca que o pai "sempre foi um exemplo de como se trabalhar com amor, com gosto" e diz que tem "muito orgulho de ter convivido com ele durante 20 anos, ter dado e recebido carinho". "Ele me ensinou que nem sempre se ganha na vida. [Este ano] as coisas fluíram, graças a Deus, e devo muito a meu pai por isso” diz.
Lucas lembra ainda que o pai sempre é mencionado com carinho no meio artístico e que em cada lembrança das apresentações do humorista, boas gargalhadas são ouvidas. “Ele era um cara muito versátil, muito ativo. Quando não tinha nada mais para esperar, ele vinha com uma coisa nova” completou.

Lucas Veloso (Foto: Globo/Caiuá Franco)Lucas Veloso se alegra ao perceber que meio artístico lembra com carinho do pai(Foto: Globo/Caiuá Franco)

Retorno à rotina
Os cuidados diários com o humorista, durante seu período em tratamento das sequelas deixadas pelo acidente, não existem mais e aos poucos cada membro da família vai retomando as atividades costumeiras antes do incidente.
Para o cunhado e ex-empresário do humorista, Ricardo Santos, o sentimento de gratidão supera qualquer dor pela saudade. Ele lembra com carinho os momentos que esteve ao lado de Shaolin e destaca o legado que o artista deixou para os mais próximos.
“Fica o sentimento de gratidão porque tudo o que ficou pra gente e acontece hoje é muito fruto do que ele deixou, as amizades, os ensinamentos", diz. Ele lembra qua rotina mudou muito, que a esposa de Shaolin, Laudicéia, que ficava muito com ele, ainda não está na rotina normal. "Mas a gente está voltando ao que era antes do acidente. Tem a carreira de Lucas, que é no mesmo meio que ele. A saudade existe, é claro, e nunca vai deixar de ser assim”, lembrou Ricardo.
Há exatamente um ano neste sábado (14), o ator e humorista Shaolin encerrava a luta de cinco anos pela vida. Um acidente na BR-230, em Campina Grande, em 2011, quando seu carro se chocou com um caminhão, deixou o comediante com sequelas irreversíveis e limitou o artista a viver em casa, de cama e sob os cuidados intensivos dos médicos e da família. Em 14 de janeiro de 2016, o artista paraibano não resistiu e morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória. 


Shaolin acompanhado da esposa, Laudiceia Veloso, que se dedica à sua recuperação em Campina Grande (Foto: Arquivo pessoal)Shaolin foi acompanhado pela esposa durante todo
tratamento (Foto: Arquivo pessoal)
Quase cinco anos de luta 
No dia 18 de janeiro de 2011, Shaolin dirigia uma Pajero na BR-230, por volta das 23h30, quando foi atigindo na lateral por um caminhão. Com o impacto, o  veículo saiu da pista e capotou. O humorista deu entrada no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande à meia-noite, onde  foi diagnosticado com traumatismo craniano e uma grave lesão no braço.
Depois de passar por cirurgias no Hospital das Clínicas, em São Paulo e passar quatro meses em coma, o humorista finalmente voltou para Campina Grande, onde passou a receber tratamentos intensivos em casa, próximo dos familiares e amigos. Mesmo sem conseguir falar por conta das sequelas do acidente, o humorista conseguia se comunicar e interagir com a família através de "expressões faciais e dos olhos".
Contudo, em 14 de janeiro de 2016, o comediante teve uma parada cardiorespiratória morreu em um hospital particular da cidade. No seu velório, que ocorreu em Campina Grande, a cantora Joelma, na época vocalista da Banda Calypso, se fez presente mesmo diante de uma agenda apertada de compromissos. Pela internet, nomes como o do apresentador Gugu, a amiga e companheira de trabalho Ana Hickmann e o cantor Latino, postaram mensagens luto e apoio a família do comediante.
O velório do artista paraibano foi aberto ao público, mas também restrito à família em alguns momentos. O corpo foi velado no Cemitério Campo Santo da Paz, sob aplausos e ao som da música "Não aprendi dizer adeus" da dupla sertaneja Leandro e  Leonardo.

Fonte: G1

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