Homens do Grupo de Operações Especiais (GOE) do governo do Rio Grande do Norte e agentes penitenciários da força-tarefa federal entraram, na manhã desta
sexta-feira (27), na Penitenciária Estadual de Alcaçuz. A operação, denominada Phoenix, tem como objetivo retomar, reestabelecer e reformar o presídio, palco de uma rebelião que deixou 26 mortos no dia 14 de janeiro. Por volta das 9h o GOE saiu de Alcaçuz.
Por volta das 6h30 desta sexta-feira (27) homens do Grupo de Operações Especiais (GOE) do governo do Rio Grande do Norte e agentes penitenciários da força-tarefa federal entraram em Alcaçuz. De acordo com o titular da Sejuc, Wallber Virgolino, a Operação Phoenix deve durar 30 dias e tem como objetivo “retomar, permanecer, reestabelecer e reformar o presídio”.
Os agentes retiraram as bandeiras das facções criminosas e hastearam as do Brasil, Rio Grande do Norte e sistema penitenciário. Por volta das 9h veículos chegaram na unidade levando materiais de construção para a reforma. Os homens do GOE deixaram a unidade por volta das 9h, mas os agentes penitenciários federais continuam na operação.
Segundo o comando da operação, o controle dos pavilhões 4 e 5, onde ficam detentos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), foi retomado. Nos pavilhões 1, 2 e 3, onde estão integrantes do Sindicato do RN, presos trabalham na reconstrução dos muros, retiram pichações e recolhem escombros da unidade.
Segundo a Sejuc, pavilhão 5 vai passar por reforma (Foto: Fred Carvalho/G1)
O titular da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania, Wallber Virgolino, está em Alcaçuz e disse ao G1 que a operação foi deflagrada após uma ordem direta do governador Robinson Faria, que coordenou e acompanhou toda a operação à distância. "Vamos recuperar as celas e reformar o pavilhão 5. Enquanto isso, os presos vão permanecer dentro da unidade", ressaltou Wallber. Os agentes devem passar no mínimo 30 dias na unidade.
Uma revista em busca de objetos proibidos também deve ser realizada no presídio. Os agentes retiraram as bandeiras das facções dos telhados da unidade e hastearam bandeiras do Brasil, do Rio Grande do Norte e do sistema penitenciário.
O nome da Operação Phoenix é uma alusão a um pássaro da mitologia grega que, quando morria, entrava em auto-combustão e, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas.
A operação marca a entrada em operação da força-tarefa federal de agentes penitenciários criada pelo Ministério da Justiça em meio à série de rebeliões e mortes ocorridas em prisões brasileiras. Um grupo de 78 profissionais chegou ao Rio Grande na noite da última quarta-feira (25).
Os agentes, de outros estados, têm treinamento especial para atuação em casos específicos como rebeliões, controle da população carcerária e intervenção em unidades prisionais. O trabalho desses profissionais é acompanhado pelo Departamento Penitenciário Nacional.
A penitenciária está dividida em duas. Para evitar que membros do PCC e do Sindicato do RN, facção rival, circulem livremente pelos pavilhões do presídio após diversas mortes confirmadas, contêineres provisórios foram instalados para separar os pavilhões 4 e 5 (do PCC) dos pavilhões 1, 2 e 3 (do Sindicato RN). Posteriormente os contêineres serão substituídos por um muro de concreto.
Detentos retiram pichações e recontroem unidade (Foto: Fred Carvalho/G1)
Fonte: G1
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