O ministro da Saúde, Ricardo Barros, visitou, nesta quinta-feira (8), a instalação de três supercomputadores recém-adquiridos pelo ministério para
integração e informatização do Sistema Único de Saúde (SUS). Com projetos como o Prontuário Eletrônico, o governo pretende reunir e processar as informações de cada unidade de saúde do país.
Os municípios têm até o dia 10 de dezembro para se integrar ao sistema. Até o momento, segundo o ministro, 4400 municípios responderam ao chamado do governo federal. No dia 14 de dezembro, o Ministério irá dovulgar um balanço das cidades e unidades que já aderiram a essa informatização e aquelas que não o fizeram.
Será a partir dessas respostas que o governo federal pretende levantar um número de quantas unidades não possuem computadores, quantas não têm conectividade e quantas não contam com pessoal capacitado para trabalhar com o sistema integrado e informatizado.
Os supercomputadores já estão instalados, mas os softwares que serão utilizados para implantação desse sistema integrado serão licitados em 2017. A previsão do ministro é de que, em março, o sistema fique pronto para funcionamento, mas a partir daí a efetivação dessa troca de dados dependerá da integração dos municípios no sistema e na sua aplicação em cada cidade.
Uma medida decidida nesta quinta-feira, segundo Ricardo Barros, impulsionará essa adesão. A partir da publicação dessa medida na próxima semana (entre 12 e 17 de dezembro), será obrigatória a vinculação de prestação de contas e envio de dados sobre os recursos pedidos anteriormente, para que o ministério libere novas verbas. Isso fará, segundo ele, com que as unidades de saúde se vejam pressionadas a aderir ao sistema informatizado.
Entenda o projeto do prontuário eletrônico
O projeto do prontuário eletrônico foi anunciado em outubro por Ricardo Barros. A ideia é ter um sistema nacional digitalizado com todas as informações dos brasileiros que usam serviços de atenção básica do SUS.
As informações de todos os atendimentos, diagnósticos, procedimentos, internações, exames e prescrições de remédios de cada paciente deverão ser obrigatoriamente cadastradas no prontuário pelas unidades básicas de saúde (UBS) e repassadas ao Ministério pelo município. Segundo Barros, o repasse de recursos de saúde para esses municípios estará vinculado ao envio dos dados para o governo federal.
Ou seja, municípios que não enviarem as informações dos prontuários serão punidos por um bloqueio de parte dos recursos federais, mais especificamente uma parcela chamada PAB Variável, que corresponde ao financiamento de estratégias da atenção básica em saúde, como custeio dos atendimentos de pediatria e programas como Saúde da Família.
Fonte: G1
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