O parlamento da Coreia do Sul apresentou nesta quinta-feira (8) um projeto de lei de impeachment da presidente Park Geun-hye, acusada de envolvimento em um
escândalo de tráfico de influência.
Após a apresentação do pedido, o voto de impeachment deve ocorrer entre 24 e 72 horas. Espera-se que a votação ocorra nesta sexta-feira (9), o último dia da atual sessão parlamentar.
A ação precisa da aprovação de dois terços do parlamento de 300 cadeiras para passar. A oposição têm 172 assentos e parece ter obtido apoio suficiente de dissidentes partidários do governo para passar por a ação, de acordo com observadores políticos.
Se o projeto de lei for aprovado, o Tribunal Constitucional do país terá até 180 dias para determinar se deve ou não terminar formalmente a presidência do Park. Durante esse tempo, Park seria suspensa como presidente, mas não removida do cargo, com seus deveres temporariamente transferidos para o primeiro-ministro até que o tribunal chegue a uma decisão sobre a constitucionalidade do pedido de impeachment.
Park é acusada de conspirar com uma amiga e um ex-assessor para pressionar grandes empresas a doarem para duas fundações criadas para apoiar suas iniciativas políticas.
Ela nega qualquer ato irregular, mas pediu desculpas pelo descuido em seus laços com a amiga Choi Soon-sil.
A presidente é filha de um ex-líder militar e sofre intensa pressão para renunciar imediatamente, com grandes multidões tomando as ruas da capital, Seul, todos os sábados em manifestações pela saída.
O índice de aprovação da presidente atingiu uma mínima recorde de 4%. Uma pesquisa da Realmeter divulgada nesta quinta-feira indica que 78% dos entrevistados querem o impeachment de Park.
Fonte: Folha de São Paulo
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