Um homem-bomba matou aos menos 50 soldados iemenitas e deixou pelo menos outros 70 feridos em uma base na cidade de Áden, disseram autoridades do
governo e um médico no local, em outro grande ataque contra forças aliadas a uma campanha militar liderada pela Arábia Saudita.
O agressor se explodiu enquanto militares aguardavam para receber seus salários, acrescentaram as pessoas relacionadas ao governo.
O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque em uma mensagem on-line.
Militantes do Estado Islâmico reivindicaram repetidamente responsabilidade por ataques mortais contra tropas na cidade portuária de Áden, sob controle do governo reconhecido internacionalmente exilado na Arábia Saudita.
O Reino interveio na guerra civil do Iêmen em março de 2015 para lutar contra adversários do governo no movimento Houthi, aliado ao Irã, mas fracassou em retirar o grupo da capital Sanaa, apesar de milhares de ataques aéreos.
Ao menos 10 mil pessoas foram mortas no conflito que iniciou uma crise humanitária no país.
ATENTADOS
No dia 10 de dezembro, a cidade foi cenário de outro ataque parecido, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), que matou 48 soldados, que também estavam na fila para receber o salário.
Em 29 de agosto, um terrorista ao volante de um carro-bomba avançou contra um grupo de jovens recrutas do exército em Aden. O atentado deixou 71 mortos e também foi reivindicado pelo EI.
A Al-Qaeda e o EI aproveitam o caos provocado pela guerra no Iêmen para multiplicar suas ações, sobretudo contra as forças do governo.
As autoridades têm problemas para manter a segurança nas áreas sob seu controle e para recrutar jovens soldados.
Na quinta-feira (15), a Al-Qaeda no Iêmen se distanciou do atentado de 10 de dezembro, ao afirmar que o EI é um grupo "marginal" que buscava "semear a discórdia" entre as tribos e a Al-Qaeda.
As forças governamentais iemenitas, apoiadas desde março de 2015 por uma coalizão militar árabe, enfrentam simultaneamente os rebeldes xiitas huthis, que controlam uma parte do território, incluindo a capital Sanaa (norte), e grupos extremistas presentes no sul e sudeste do país.
Fonte: Folha de São Paulo
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