A Fundação Banco do Brasil anunciou nesta sexta-feira, 23 de dezembro, o investimento de mais de R$ 17,2 milhões destinados à
implantação de 3.588 cisternas para captação e armazenamento de água em nove estados: Rio Grande do Norte, Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Sergipe e Minas Gerais.
A iniciativa é fruto de parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e beneficiará 14,3 mil pessoas da área rural, garantindo o acesso à água potável no Semiárido brasileiro.
Os reservatórios construídos são divididos em dois tipos: 3.198 voltados para o consumo básico, conhecido como “Cisterna – Água de Beber”, que serão reaplicadas em Alagoas, Alagoas, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte. As 390 restantes serão “Cisterna – Água de Produção”, voltadas para a produção de alimentos e criação de pequenos animais, instaladas na Bahia, Pernambuco e Sergipe. O início da implantações está previsto para fevereiro.
Durante o projeto, haverá capacitação de pedreiros da própria comunidade e das famílias, a fim de obterem maior aproveitamento da água potável. A identificação e mobilização dos beneficiados, assim como a construção dos reservatórios e a assessoria técnica, serão de responsabilidade da Articulação do Semiárido (ASA), rede formada por mais de três mil organizações da sociedade civil.
Tecnologia social
As Cisternas de Placas foram certificadas como tecnologia social em 2001 pela Fundação BB, com a finalidade de captar e armazenar água da chuva. Para o consumo das famílias, o sistema utilizado permite o acúmulo de até 16 mil litros, que atende a necessidade de uma família de cinco pessoas pelo período de até oito meses. O equipamento é composto por encanamento simples para recolher água da chuva nos telhados das casas e reservatório no subsolo revestidos com placas para impedir infiltrações.
Já para as atividades produtivas, as cisternas são de dois modelos: Calçadão e Enxurrada. As duas possuem capacidade de até 52 mil litros de água. Elas são construídas próximas as residências das famílias. A diferença é que a Enxurrada é instalada no caminho por onde passa o fluxo pluvial e a Calçadão capta de áreas em declive.
No últimos quatro anos, a Fundação BB já implantou 80 mil unidades de consumo básico e 12 mil de produção, em parceria com a ASA. A reaplicação beneficiou cerca de 350 mil pessoas. Estudos sobre os impactos positivos gerados por essa tecnologia social indicaram a redução na incidência de doenças e aumento na frequência escolar entre as crianças e os jovens.
Fonte: O Mossoroense
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!