A Procuradoria-Geral boliviana prendeu nesta quinta-feira (8) Gustavo Vargas Villegas, filho do diretor da LaMia, empresa
responsável pelo avião que levava a delegação da Chapecoense e caiu em Medellín na última semana. A informação foi dada por Ramiro Guerrero, procurador-geral do Estado, publicada no jornal boliviano "El Deber".
Villegas era ex-diretor do Registro Aeronáutico Nacional, que faz parte da DGAC, a agência de aviação civil boliviana. Ele foi o responsável por autorizar a LaMia a operar.
"Teve início as investigações nos escritórios da DGAC. Foi detido o senhor Gustavo Vargas Villegas, por crime de uso indevido de influências, negociações incompatíveis com o exercício das funções públicas e com o não cumprimento dos deveres", explicou Guerrero.
O pai de Villegas, Gustavo Vargas, foi denunciado também nesta quinta-feira por homicídio culposo, lesões graves e responsabilidade no desastre. Ele segue detido no presídio da Federação de Luta Nacional contra o Crime, órgão da Polícia Federal boliviana.
Durante entrevista coletiva, Ramiro Geurrero, procurador-geral, não descartou a hipótese de convocar Milton Claros, ministro de Obras Públicas da Bolívia, para prestar explicações. Marco Rocha Venegas, outro sócio da LaMia, segue sendo procurado pelas autoridades. A suspeita é que ele esteja na Colômbia
Na última quarta-feira, promotores de Brasil, Bolívia e Colômbia se reuniram em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, para discutir os rumos da investigação envolvendo o avião que transportava a Chapecoense. Durante a entrevista coletiva, um quadro atrás dos promotores apontava rumos do inquérito.
Em uma parte do quadro usado pelos promotores aparece "homicídio culposo", seguido por quatro possíveis investigados: Miguel Quiroga (piloto do avião que caiu), Aasana (órgão responsável pelos aeroportos na Bolívia), Ministério de Obras Públicas da Bolívia e a DGAC (agência de aviação civil boliviana).
Fonte: Uol
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