A cidade de João Câmara, no Agreste potiguar, registrou 17 tremores de terra na madrugada desta segunda-feira (12). De acordo com o técnico do Laboratório Sismológico da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte e professor do Departamento de Geofísica, Eduardo Menezes, os tremores ocorreram entre 0h e 6h, o maior atingiu magnitude de 2,1 graus na escala Richter.
Segundo o especialista, os moradores ficaram muito assustados. "Ninguém quer viver isso de novo", disse ele lembrando do abalo de 30 de novembro de 1986, considerado o maior do RN. Na época, os tremores atingiram magnitude de 5.1º da Escala Richter.
Eduardo Menezes diz que a magnitude de 2,1 graus é de pequena intensidade e quase não é sentido por moradores das regiões afetadas. Na maioria das vezes não provoca desastres, apenas balanço de telhas, portas e pequenas fissuras dependendo da estrutura de cada construção. "Como faz tempo que a cidade não sentia um tremor, o fato chama atenção, A cidade está assustada", comenta Eduardo.
O epicentro dos tremores ocorreu na área que está localizada na parte norte da falha sísmica de samambaia. O professor ainda lembrou que os tremores de terra são comuns na região de João Câmara. "É muito comum, mas é imprevisível, não tem como saber quando será o próximo", explica.
Áreas sísmicas ativas
De acordo com o Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN), a borda da Bacia Potiguar (Rio Grande do Norte e leste do Ceará), é uma das áreas sísmicas mais ativas do Nordeste do Brasil.
Escala Ritcher
Criada em 1935 pelo sismólogo americano Charles F. Richter, integrante do Instituto de Tecnologia da Califórnia, a escala Richter foi desenvolvida para medir a magnitude dos terremotos, que consiste no ato de quantificar a energia liberada no foco do terremoto. É uma escala que se inicia no grau zero e é infinita (teoricamente), no entanto, nunca foi registrado um terremoto igual ou superior a 10 graus na escala Richter. Um dos fatores é que ela se baseia num princípio logarítmico, ou seja, um terremoto de magnitude 6, por exemplo, produz efeitos dez vezes maiores que um outro de 5, e assim sucessivamente.
Tremores foram registrado pela UFRN (Foto: Reprodução/LabSis)
Fonte: G1
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