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quarta-feira, dezembro 21, 2016

Confrontos deixam mortos e feridos na República Democrática do Congo

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/Ao menos 19 pessoas morreram em distúrbios registrados nesta terça-feira (20) em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo (RDC), no dia em que
terminaria o mandato presidencial de Joseph Kabila, segundo a Reuters.
Outras 45 ficaram feridas. O balanço foi divulgado pelo responsável pelo escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) no Congo, que acusa as forças policiais de usarem a violência para conter protestos.
“Estamos muito preocupados com o uso excessivo da força por parte dos agentes do Estado, nomeadamente a polícia, a Guarda Republicana, a polícia militar e a Agência Nacional de Inteligência", disse José Maria Aranaz.
A República Democrática do Congo (RDC) está mergulhada em uma crise política desde a questionada reeleição de Kabila em 2011, depois de uma votação marcada por fraudes em massa, segundo a France Presse.
Este 20 de dezembro de 2016 inquietava a vida política do país africano havia meses, segundo a France Presse. A data marca o final do mandato de Kabila - que está no poder desde 2001, quando substituiu seu pai -, a quem a Constituição impede de voltar a disputar eleições.
Porém, a eleição presidencial que deveria definir um sucessor não ocorreu, e Kabila, 45 anos, pretende se manter no poder até que alguém seja eleito para substituí-lo.
Os críticos de Kabila o acusam de ter orquestrado o adiamento da eleição e, assim, tentar alterar a Constituição para poder se candidatar à reeleição.
Os distúrbios explodiram nesta terça-feira nas maiores cidades da RDC, onde a oposição pediu ao povo que não reconheça Kabila como presidente.
O histórico líder opositor Etienne Tshisekedi declarou que o povo não pode mais reconhecer Kabila como presidente.
As maiores cidades ficaram sob controle militar e a população teve que permanecer em suas casas.

Kinshasa, a grande metrópole de 10 milhões de habitantes ficou totalmente paralisada, em meio a disparos em vários bairros da cidade, acompanhados de panelaço e apitaço.
A capital teve, em 19 e 20 de setembro, uma onda de violência entre as forças de segurança e a oposição que deixou entre 30 e 100 mortos.
Tiroteios intensos também foram ouvidos em Lubumbashi, segunda cidade da RDC e reduto do líder opositor no exílio, Moise Katumbi, candidato às eleições presidenciais que deveriam ter sido realizadas este ano e foram adiadas de forma indefinida.

Fonte: G1

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