Uma adolescente de 13 anos foi apreendida suspeita de matar o dono de um bar, de 46, na madrugada desta quarta-feira (21), em Rio Verde, região sudoeste de
Goiás. Segundo a Polícia Civil, a menor alegou que agiu em legítima defesa, pois o homem tentou estuprá-la dentro do estabelecimento.
De acordo com o delegado Maurício Antônio Oliveira Santana, responsável pelo caso, a garota alegou que estava indo para casa após visitar uma amiga quando parou no bar e pediu um copo de água ao homem. Ele pediu que ela entrasse e ofereceu um refrigerante.
"Ela entrou e o dono do bar foi para o banheiro. Em seguida, ele já retornou sem roupa e tentou agarrá-la. Houve uma briga entre os dois e a menina conseguiu se pegar uma faca e atingir o homem no peito", disse o delegado ao G1.
Na discussão, o homem ainda conseguiu tirar a blusa da menina, que ficou só de sutiã. Em seguida, a adolescente conseguiu fugir, mas vizinhos que ouviram o comerciante pedir socorro acionaram a Polícia Militar, que a apreendeu em uma praça e a levaram para a delegacia.
A menor foi autuada por ato infracional análogo ao crime de homicídio. Se condenada, ela pode ficar no máximo três anos internada. Ela deve passar por uma audiência no Ministério Público, que vai solicitar se ela continua internada ou será liberada.
Situação de risco
De acordo com o delegado Carlos Roberto Batista, que realizou o flagrante, a menina vive em situação de risco, pois, apesar de morar com a família, passa muito tempo na rua. Além disso, ela consta como vítimas em duas ocorrências: uma como vítima de estupro e outra como pessoa desaparecida.
Ele afirma que os indícios apontam para um caso de legítima defesa. "Como ela afirmou, ele estava nu quando foi encontrado morto e como ele é muito obeso, acho que não daria para ela ter tirado a roupa dele após o crime. A menina também estava suja de sangue, o que sugere uma briga. Além disso, a vítima tinha apenas uma perfuração, o que não indica um ato por pura violência", enumerou.
Já o dono do bar, segundo o delegado, já tinha duas ocorrências por estupro de vulnerável, registradas em 2014 e 2015.
Fonte: G1
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