O filme se repetiu. Assim como aconteceu em 2014, o Vasco obteve o acesso à Série A sob críticas e muita desconfiança por
parte da torcida.
Naquela ocasião, o Cruzmaltino subiu de divisão com um empate com o Icasa num Maracanã lotado. Após o apito final, uma sonora e marcante vaia foi ecoada no estádio.
Neste sábado contra o Ceará (vitória por 2 a 1), a cena se repetiu, com o foco quase que total dos xingamentos direcionados ao presidente Eurico Miranda.
Da mesma forma que em 2014, o Vasco entrou na competição como franco favorito e, até o início do returno, fez jus a tal condição. Disparou na liderança e parecia imbatível, até chegar ao segundo turno e ter uma queda de rendimento vertiginosa.
Com os resultados ruins vieram os protestos, que culminaram numa reunião do elenco com as principais organizadas do clube dentro do ginásio de São Januário, onde foram cobrados.
Atropelado pelo Atlético-GO na reta final, perdeu o título para os goianos e se agarrou ao discurso de ter obtido a missão principal.
Eurico Miranda também não tem vivido dias tranquilos e virou até alvo de outdoors espalhados pela cidade, onde foi comparado ao ditador norte-coreano Kim Jong-un.
O dirigente, aliás, foi um dos que apoiou as vaias da torcida no acesso de 2014, quando ainda não havia assumido o clube, apesar de já ter vencido as eleições.
"Aquilo foi uma reação natural. A torcida não ficou satisfeita pela campanha pífia do time. E realmente não tem que comemorar a volta, porque não deveria ter caído. A torcida esperava que a volta acontecesse de uma outra forma", disse ao Globoesporte.com na ocasião, quando também garantiu que nunca mais o Cruzmaltino cairia.
Confusão com filho de Eurico
O clima ficou tenso no camarote da diretoria do Vasco, neste sábado, durante o primeiro tempo da partida decisiva da Série B, contra o Ceará, no Maracanã. Álvaro, um dos filhos do presidente do clube Eurico Miranda, discutiu com torcedores, enquanto o time perdia dentro de campo.
Após o gol de Eduardo, que colocou o Ceará em vantagem no Maracanã, um segmento da torcida partiu em direção ao camarote de Eurico Miranda para protestar contra o presidente. Nem mesmo a presença de 15 seguranças intimidou os vascaínos mais revoltados.
Neste momento, o filho do dirigente discutiu com alguns torcedores no local. Latas de cerveja chegaram a ser arremessadas na direção do camarote da diretoria
Fonte: Uol
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