A Polícia Civil de Varginha (MG) investiga as agressões sofridas por um torcedor do Guarani, que levou uma facada nas costas na noite deste sábado (5), durante uma confusão após o término da partida
da equipe de Campinas (SP) contra o Boa Esporte no Estádio Municipal Dilzon Melo, o Melão, em Varginha (MG). O torcedor permanecia internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Bom Pastor neste domingo (6).
Segundo os boletins de ocorrência registrados pela PM, integrantes da torcida do Bugre, como o Guarani é conhecido, se envolveram em uma briga por volta das 20h30. Eletrodomésticos do bar que ficava ao lado dos torcedores, sinalizadores, latas e garrafas teriam sido arremessados contra a polícia e a torcida da equipe da casa, que venceu por 3 a 0 e levou o título da Série C do Campeonato Brasileiro.
Torcida do Guarani atirou objetos no gramado do estádio do Melão em Varginha, MG, neste sábado
(Foto: Rodrigo Villalba/GE)
(Foto: Rodrigo Villalba/GE)
Melão passará por perícia
Ainda conforme a PM, foram usados gás lacrimogêneo e balas de borracha para conter a briga, que continuou no entorno do estádio. Os ônibus da torcida do Guarani tiveram que ser escoltados até a Rodovia Fernão Dias.
A polícia também informou que o Melão ficou depredado. Pelo menos seis catracas foram quebradas. Vasos, pias, trincos, portas e lixeiras dos banheiros também teriam sido arrancandos e jogadas nas arquibancadas.
Neste domingo (6), o hospital informou que o torcedor bugrino não corria risco de morte. O quadro de saúde da vítima, que é natural de Campinas, é considerado estável.
O estádio deve passar por uma perícia da Polícia Civil ainda neste domingo. O secretário de Esporte de Varginha, Milton Borges, informou que vai acompanhar os trabalhos.
Jogadores do Guarani entraram em confronto com a PM após o final do jogo contra o Boa Esporte em Varginha, MG, pela final da Série C do Campeonato Brasileiro (Foto: Murilo Borges/GE)
Jogadores criticam ação da PM
Ao Globo Esporte, o jogador do Guarani José Fernando Fumagalli criticou o trabalho da PM. Ele se manteve afastado do tumulto e falou com a polícia. "Atiraram no meio da nossa torcida. Eles estão aqui para dar segurança para nós e para todos os torcedores, mas eles estão totalmente despreparados. Isso não pode acontecer", afirmou.
O presidente do Bugre, Horley Senna, teve o rosto atingido por spray de pimenta quando tentava afastar da PM jogadores que entraram no meio da confusão. "É um abuso de autoridade o que a Polícia Militar está fazendo com a torcida do Guarani", declarou.
Neste domingo, a equipe de Campinas informou, por meio de seu site oficial, que um médico da equipe e um repórter que trabalha para o Guarani, também ficaram feridos.
Diretor de futebol do Boa Esporte, Rildo Moraes, chegou a conversar com torcedores da equipe
Torcidas trocaram provocações durante jogo
Ainda no intervalo antes do segundo tempo, quando a partida estava em 2 a 0, um princípio de briga também foi registrado entre as torcidas do Boa e do Guarani. O diretor de futebol da equipe varginhense, Rildo Moraes, chegou a conversar com os torcedores na arquibancada e conseguiu controlar os mais exaltados.
Fonte: G1
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