A Celg Distribuição S.A. (Celg D) recolheu na tarde desta terça-feira (29) o poste onde o carpinteiro Dagoberto Rodrigues Filho, de 68 anos, foi encontrado morto, em no Setor Jardim Europa, em Goiânia. A
estrutura estava depositada no canteiro central da Avenida Viena e seria usado na expansão da rede de alta tensão da região.
De acordo com a assessoria de imprensa da Celg D, foi necessário a contratação de uma empresa que possuiu um caminhão especial para realizar o trabalho e transportar o poste. O destino do objeto não foi divulgado.
O pedido de retirada deste e de todos os outros postes depositados na mesma situação foi feito pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). Os moradores também fizeram uma requisição para a retirada em virtude do mau cheiro causado pelo corpo achado no local.
O carpinteiro, que tinha transtorno bipolar, foi achado morto no último dia 20. Como estava em avançado estado de decomposição, o corpo foi identificado por meio de análise de digital. O enterro aconteceu na terça-feira (22), no Cemitério Vale da Paz, em Goiânia.
A Polícia Civil apura o caso. Segundo o delegado Dannilo Proto, responsável pelo caso, a suspeita inicial é que ele tenha morrido por causas naturais. "Estamos colhendo as informações preliminares no local do fato e checando se há alguma câmera de segurança que o flagrou entrando no poste. Preliminarmente, tudo aponta para uma morte natural, mas ainda é muito cedo para afirmar", disse ao G1.
Rede de alta tensão
O poste onde o corpo foi encontrado é um dos que estão deitados nos canteiros centrais de várias vias da região sudoeste de Goiânia. Eles foram deixados no local há quase três anos para serem instalados nas obras de expansão de uma rede elétrica de alta tensão, pela Companhia Energética de Goiás (Celg).
A estatal federal Eletrobras suspendeu a obra há dois anos, depois que um relatório do Banco Internacional de Desenvolvimento (BID) apontou várias falhas no projeto de implantação da rede. Agora, os moradores do bairro lutam para que as estruturas sejam retiradas.
Para o MP, ainda pesa a questão de que os postes deixados no local favorecem problemas sociais como o tráfico de drogas, e de saúde, como o acúmulo de água que possibilitam a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika, dentre outras doenças.
Fonte: G1
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