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sábado, novembro 26, 2016

Não vejo motivo para impedimento de Temer, diz Rodrigo Maia

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse em entrevista à GloboNews que não há motivos para iniciar um processo impeachment contra o
presidente Michel Temer (PMDB). A declaração foi feita em referência à crise iniciada após a saída do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero.
"Com os fatos que nós temos e conhecendo o presidente Michel Temer, apesar de não ter ouvido ainda a tal gravação que o ex-ministro Calero fez com o presidente da República, um fato grave, não vejo nenhum motivo para a gente pensar em impedimento do presidente Temer de forma nenhuma", afirmou o deputado.
Para o presidente da Câmara, os fatos apresentados até o momento não são indícios suficientes para se processar Temer. "Acho que é muito prematuro lançar um tema como esse, de novo impedimento, no momento em que o Brasil vive, numa crise grave. Já que eu não vejo motivos para isso, a gente deveria estar focado nessa pauta econômica, por que ela sim vai tirar o Brasil da crise", disse.
Rodrigo Maia está em Curitiba, participando de um encontro partidário promovido pelo Partido Popular Socialista (PPS). Entre as discussões do evento está um debate sobre a PEC dos gastos públicos.
Maia afirmou que a saída de Geddel Vieira Lima da Secretaria de Governo, nesta sexta-feira (25), é uma perda política para o Executivo. "Infelizmente, perdemos um grande articulador. Eu espero que o presidente Michel Temer possa indicar um novo articulador político", disse.
Anistia ao caixa 2
Maia também falou sobre o projeto de lei que pode anistiar o crime de caixa dois, cujo texto foi inserido nas 10 medidas contra a corrupção apresentadas pelo Ministério Público Federal. Segundo o presidente da Câmara, o entendimento sobre o caso está equivocado.
"Vamos separar: anistiar o caixa dois é impossível, porque o crime de caixa dois está sendo colocado no projeto de lei, proposto pelo Ministério Público e pela sociedade. Mais de 2 milhões de brasileiros estão sendo respeitados e o projeto será votado em plenário. O que alguns podem estar querendo e não vai passar de forma nenhuma, é anistiar os outros crimes, anistiar a corrupção ativa, passiva, peculato. Aí é grave", disse o deputado, garantindo que não há apoio para isso na Câmara.
Entenda o Caso Geddel
A crise chegou ao Palácio do Planalto, após a informação de que o presidente Michel Temer teria intercedido junto a Calero, em favor de Geddel. O caso começou a ser investigado pela Comissão de Ética da Presidência e pela Polícia Federal.
O ex-ministro da Cultura prestou depoimento à Polícia Federal e informou que gravou conversas que teve com outros ministros e até com Michel Temer. Ele afirma que, nessa conversa, ele foi "enquadrado" pelo presidente da República em favor dos interesses de Geddel para liberar a obra em Salvador.
Na manhã desta sexta, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, pediu demissão. Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, Temer aceitou o pedido de Geddel, que era responsável pela articulação política do governo federal com o Congresso Nacional.
Geddel é o sexto ministro a deixar o governo desde que Michel Temer assumiu o comando do país em maio. Antes dele, caíram Romero Jucá (Planejamento), Fabiano Silveira (Transparência), Fábio Medina Osório (AGU), Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Marcelo Calero (Cultura).

Fonte: G1

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