O juiz federal Sérgio Moro marcou, na segunda-feira (21), a data para ouvir o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB). Ele é uma das testemunhas de defesa do ex-
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, no processo em que Cunha é réu na Lava Jato.
Responsável pelos processo da operação na primeira instância, Moro agendou o depoimento de Paes para as 14h de quinta-feira (24), em videoconferência com a Justiça Federal no Rio de Janeiro.
Testemunhas de defesa
O juiz federal começa a ouvir as testemunhas de defesa de Cunha na quarta-feira (23). As oitivas do primeiro dia estão marcadas para começar às 9h30, por videoconferência.
Na quinta-feira, os depoimentos devem ser presencias e ter início às 14h, na Justiça Federal em Curitiba. Nesse segundo dia, Moro ouve o pecuarista José Carlos Bumlai; o ex-senador Delcídio do Amaral; o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró; e o lobista Hamylton Padilha.
Já as testemunhas de acusação foram ouvidas na sexta-feira (18). Cunha acompanhou as oitivas. Em geral, os advogados dos investigados da Lava Jato pedem a dispensa dos clientes das audiências com as testemunhas e o juiz autoriza. Cunha, todavia, optou por estar presente.
Preso em 19 de outubro, o ex-presidente da Câmara dos Deputados é acusado de receber propina de contrato de exploração de Petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro.
A defesa de Cunha nega as acusações e critica o Ministério Público Federal (MPF), dizendo que os procuradores não explicaram qual seria a participação do ex-deputado no esquema descoberto na Petrobras.
'Risco'
No despacho que determinou a prisão, juiz Moro disse que o poder de Cunha para obstruir a Lava Jato "não se esvaziou". De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), em liberdade, Cunha representa risco à instrução do processo e à ordem pública.
Além disso, os procuradores argumentaram que "há possibilidade concreta de fuga em virtude da disponibilidade de recursos ocultos no exterior" e da dupla cidadania.
Cunha tem passaporte italiano e teria, segundo o MPF, patrimônio oculto de cerca de US$ 13 milhões que podem estar em contas no exterior.
Após Cunha perder o foro privilegiado com a cassação do mandato, ocorrida em setembro, o juiz Sérgio Moro retomou no dia 13 de outubro o processo que corria no Supremo Tribunal Federal (STF).
Esfera civil
Na Justiça Federal do Paraná, Cunha responde também a uma ação civil de improbidade administrativa, movida no âmbito da Operação Lava Jato, que alega a formulação de um esquema entre os réus visando o recebimento de vantagem ilícita proveniente de contratos da Petrobras. A ação corre na 6ª Vara Cível.
Além de Cunha, são requeridos na ação civil a mulher dele, Cláudia Cruz, o ex-diretor da estatal Jorge Luiz Zelada, o operador João Henriques e o empresário Idalécio Oliveira.
Fonte: G1
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