Os investigadores da Operação Ethos descobriram que do grupo de advogados presos na terça-feira, 12 tem antecedentes criminais. As acusações são de roubo, formação
de quadrilha, extorsão e ameaça. Eles agora são investigados por fazer parte de um braço do PCC, a facção que age dentro e fora dos presídios. As informações são do SPTV
Segundo a polícia, eles trabalhavam como pombo correio, trocando informações entre os chefes da quadrilha que estão presos e os comparsas que estão nas ruas. O Ministério Público diz que o vice-presidente do Condepe - Conselho Estadual dos Direitos de Defesa da Pessoa Humana, Luiz Carlos dos Santos, recebia uma mesada de R$ 5 mil dos criminosos para divulgar falsas denúncias contra policiais.
Uma das provas contra ele, é um-mail no qual a pessoa diz: "Amigo, vai cair R$ 500 hoje referente a diferença que faltou do mês passado. E esta semana vai cair os R$ 5 mil que falta deste mês."
Segundo a polícia, quem escreveu o e-mail foi Cléber Marcelino Dias dos Santos, o F1, apontado como braço financeiro do PCC. Ele está na cadeia.
Luiz Carlos foi indicado para o Condepe pelo Conselho Ouvidor de Direitos Humanos e Cidadania, de Cotia, representando a sociedade civil. Nesta quarta-feira, o governador Geraldo Alckmin disse que vai cobrar mais rigor das entidades que indicam os conselheiros.
“Por exemplo, você ter um tempo maior que a instituição esteja trabalhando, fiscalizar se a instituição realmente funciona, se ela tem uma ação efetiva, né. Eu acho que o fato isolado não pode comprometer o conjunto do trabalho. Agora é lamentável, né, que alguém receba dinheiro pra criticar o governo e instituições internacionais, pra denegrir a polícia e pra agir a serviço do crime”, disse Alckmin.
O Condepe reforçou o que não teve acesso aos autos e que Luiz Carlos dos Santos sempre atuou dentro dos princípios legais do conselho.
33 presos
Uma advogada que conseguiu escapar na terça-feira (22) da operação da polícia e do Ministério Público que investiga a ligação de advogados com uma facção criminosa, foi presa nesta quarta-feira (23), em Presidente Epitácio, no oeste do estado. Agora são 33 na cadeia.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo diz que o código de ética prevê punições para os profissionais que praticam crimes.
“Tendo conhecimento dessas infrações a ordem vai abrir um processo disciplinar, vai dar o direito de defesa e vai verificar se efetivamente houve ou não houve a falta ética. Se houve a falta ética eles vão ser evidentemente apenados ao final do processo. Pena que pode chegar a exclusão”, diz Marcos da Costa, presidente da OAB-SP.
Fonte: G1
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