Luiz Carlos Bezerra, preso da Operação Calicute, que havia sido colocado em liberdade por engano na manhã desta quarta-feira (23), já voltou para a prisão. Ele se apresentou à Justiça Federal, acompanhado de seu advogado,
nesta quinta (24).
"Ele passou 24 horas livre, irregularmente. Foi no mínimo falta de cuidado", afirmou o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, à reportagem.
Bezerra, amigo de infância do ex-governador Sérgio Cabral e acusado de ser operador do esquema de propinas, foi libertado com habeas corpus no processo em que é acusado de porte ilegal de armas. A Polícia Civil, ao fazer a averiguação se o preso tinha outro mandado de prisão, deu o "nada consta" e Bezerra foi libertado.
Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária informou que recebeu o alvará de soltura e cumpriu a determinação judicial. "Cabe ressaltar que no 'sarqueamento' (averiguação de novos mandados) não constava mandado de prisão pendente."
O gabinete do juiz Bretas informou que o processo instaurado pela 7ª Vara Federal consta do Sipen (Sistema de Identificação Penitenciário).
Já a polícia afirma que a Polinter (Polícia Interestadual) não foi comunicada nem pela 7ª Vara nem pela PF sobre a existência de outro mandado de prisão. Bezerra acabou solto. "Na ocasião da solicitação de consulta, foi realizada pesquisa no sistema policial e no banco nacional de mandados de prisão do Conselho Nacional de Justiça, inexistindo qualquer informação sobre a existência de mandado de prisão", diz a corporação.
Fonte: Uol
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