Um príncipe saudita foi executado nesta terça-feira (18) após ser considerado culpado pelo assassinato de um compatriota,
num dos raros casos de imposição da pena de morte a um membro da família real da Arábia Saudita. O governo não especificou como ele foi executado, mas, na Arábia Saudita, a maioria dos condenados à morte é decapitada com uma espada.
O príncipe Turki bin Saud al-Kabir foi condenado à morte por ter matado a tiros Adel al-Mohaimeed durante um tumulto entre vários jovens na zona rural de Al-Zamama, a leste de Riad. A vítima era amigo de Turki, que na altura do incidente estava embriagado, afirmaram os meios de comunicação sauditas em 2012, acrescentando tratar-se de um homicídio involuntário.
A família de Al-Mohaimeed insistiu na execução do príncipe e recusou uma compensação financeira que pode ser paga pelo agressor aos familiares da vítima para obter perdão em crimes de homicídio, agressões ou danos materiais.
Turki não é descendente direto do fundador do reino saudita, o rei Abdulaziz al-Saud, pai do atual monarca, Salman bin Abdulaziz al-Saud, mas de outro ramo da dinastia Saud, que reina na Arábia Saudita desde 1932.
Os membros da família real raramente recebem essa punição. Um dos casos mais conhecidos foi o de Faisal bin Musaid al-Saud, que assassinou seu tio, o rei Faisal, em 1975.
Estima-se que a família real saudita tenha milhares de membros. Muitos recebem pensões mensais, e os príncipes de mais alto escalão controlam grande fortuna e poder político, mas apenas alguns deles exercem cargos importantes no governo.
A Arábia Saudita é um dos países que mais impõem a pena de morte. A organização não governamental Human Rights Watch afirmou que, até julho, as autoridades sauditas já haviam aplicado a pena capital a 108 pessoas este ano.
Fonte: G1
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