Policiais civis de Pernambuco decidiram paralisar as atividades por 24h a partir desta quinta-feira (13) após decretarem estado de greve na última segunda-feira (11).
A categoria realiza uma manifestação na manhã desta quinta-feira (13) no Marco Zero, Bairro do Recife, na área central da capital pernambucana.
O ato teve início nesta madrugada e está previsto para terminar às 0h da sexta-feira (14). Os únicos serviços que não foram interrompidos são os flagrantes e o Instituto de Medicina Legal (IML).
De acordo com presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambucox (Sinpol), Áureo Cisneiros, o governo ainda não implantou o Plano de Cargos e Carreira acordado em fevereiro deste ano. “Isso é uma advertência ao governo. Se eles não derem uma resposta até o dia 20 deste mês nós entraremos em greve”, declara.
Ao todo são 5.300 policiais civis no estado. Segundo Áureo, todo o efetivo aderiu ao movimento. Eles ainda reivindicam melhorias nas condições de trabalho. “O registro de Boletim de Ocorrência caiu 95%. Isso mostra o quanto estamos empenhados”, disparou.
Áureo ainda alega que a Secretaria Administrativa do estado ficou de entregar uma proposta de implantação do plano no início deste mês. “É um descumprimento total do acordo. É uma falta de respeito e não dá mais para esperar. Não queremos entrar numa greve para não causar mais prejuízo para a população”. Fazem parte da categoria os agentes, comissários, escrivães, auxiliares de legistas, auxiliares de perícias e peritos papiloscopistas.
Em nota, a Secretaria de Administração do estado cita que realizou 14 reuniões com o Sinpol neste ano e alega que todos os pontos reivindicados pela categoria foram definidos e cumpridos, restando apenas o que se refere ao Plano de Cargo e Carreira.
"A adequação do Plano de Cargos e Carreira (PCCV) ainda está em discussão, tendo em vista que foram instituídos dois Grupos de Trabalho com objetivo de analisar e discutir reformulações no PCCV da categoria e na Lei Orgânica da Polícia Civil", diz o texto.
A pasta ainda lamenta o que chama de "decisão precipitada" ao mencionar o estado de greve. "O Sinpol, mais uma vez antecipa um movimento, decretando estado de greve, sem esgotar o processo de negociação em curso, principalmente no momento em que o novo Secretário de Defesa Social toma posse e o Sinpol sequer o procurou para informar sobre a suas demandas", completa sem estabelecer uma data para a implementação do plano.
Fonte: G1
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