Os policiais civis do Ceará decidiram na noite de quinta-feira (27) iniciar uma nova greve. De acordo com o Sindicato da Polícia Civil (Sinpol), o 2º Distrito Policial,
no Bairro Aldeota, é a primeira delegacia fechada em consequência da greve, às 22h desta quinta-feira. O 34º, no Centro, será a única idade que atenderá a população durante a greve, de acordo com a categoria. No interior, o funcionamento será na Cidade de Iguatu.
"A gente foi chamado a uma audiência de conciliação, mas os compromissos como reconhecimento de policial civil com nível superior e o fim das carceragens nas delegacias não foram atendidos. A categoria não aceita mais trabalhar dessa forma, a gente fez todos os esforços para não chegar até aqui", afirmou o presidente do Sinpol, Francisco Lucas.
Segunda greve em dois meses
Esta é a segunda vez que a Polícia Civil do Ceará entra em greve nos últimos dois meses. Em setembro, os servidores pararam as atividades reivindicando melhoria salarial, alegando que o Ceará possui o pior salário do Nordeste; aumento do efetivo e proibição dos desvios de funções. O sindicato afirma que é preciso evitar que os policiais civis deixem de investigar os crimes para fazer a custódia de presos recolhidos em delegacias.
Em 27 de setembro, a Justiça determinou a ilegalidade da greve dos policiais civis do estado. Segundo a sentença judicial, os 100% dos policiais devem retornar às atividades 24 horas após a notificação da decisão.
Corte do ponto
Nesta quinta-feira, o Supremo Tribunal de Federal (STF) considerou legítima a possibilidade de órgãos públicos cortarem o salário de servidores em greve desde o início da paralisação. Não poderá haver o corte nos casos em que a greve for provocada por conduta ilegal do órgão público, como, por exemplo, o atraso no pagamento dos salários.
O presidente do Sinpol, Francisco Lucas, afirmou que apesar da decisão do STF, a categoria não vai recuar. Ele sugeriu um negociação com o governo em relação a esse ponto.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, mas até o fechamento da matéria não obteve resposta. Também tentamos contato com a assessoria da Casa Civil, porém, os telefones estavam desligados.
Fonte: G1
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