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quarta-feira, outubro 12, 2016

Outubro Rosa: RN necessita de 242 mil mamografias por ano

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/O Outubro Rosa, o movimento mundial de mobilização para a prevenção do câncer de mama, começou nos Estados Unidos com a aprovação, pelo Congresso
Americano, do mês de Outubro como sendo o mês de prevenção do câncer de mama. O nome do movimento remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, das instituições públicas, privadas e filantrópicas, das empresas e das entidades.

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap RN) vai realizar uma programação que contempla as servidoras e a própria comunidade, a partir da próxima segunda-feira (10), incluindo palestras, mesas-redondas e outras ações para alertar e sensibilizar sobre a realidade atual do câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce. Durante todo o mês de outubro, equipes que atuam nas unidades municipais de saúde, instituições públicas e privadas promoverão atividades para estimular a prevenção do câncer de mama, com busca ativa de pacientes para mamografia e encaminhamento para consulta médica.

No Rio Grande do Norte estima-se que o número de mamografias necessárias para uma cobertura de 100% das mulheres dependentes do Sistema Único de Saúde - SUS seja em torno de 242 mil exames/ano. Atualmente a cobertura está em torno de 9% (22.756 exames/ano), considerando o rastreamento para as mulheres entre 50 e 69 anos. Em 2016 a SESAP-RN assegurou na Programação Pactuada Integrada da Assistência (PPI-RN) a realização de 98.174 mamografias de rastreamento (mulheres assintomáticas na faixa etária de 50 a 69 anos) em todo o Estado. Do total pactuado foram realizadas até o dia 30 de setembro de 35.592 mamografias, com um alcance de meta de 36,25%. Este resultado ainda não é suficiente para reduzir a tendência de mortalidade por câncer. O diagnóstico ainda é feito em estágios mais avançados da doença. O diagnóstico tardio pode estar relacionado com a dificuldade de acesso da população feminina aos serviços e programas de saúde.

O Estado conta com 27 serviços de mamografia credenciados ao SUS incluindo SUS e o sistema privado de saúde. Há 22 mamógrafos de comando simples (para o exame preventivo e diagnóstico precoce do câncer de mama) e 5 mamógrafos com estereotaxia (que identifica a posição exata do tumor para a realização de biópsia e/ou retirada do tumor de forma precisa). Os mamógrafos estão localizados em 12 municípios do Estado, distribuídos em 7 regiões administrativas, com maior concentração no município de Natal, sendo 5 serviços com mamógrafos simples e 2 com estereotaxia. Esses mamógrafos têm capacidade para produzir cerca de 135 mil mamografias por ano (considerando-se a produção diária de 25 exames por mamógrafo/200 dias úteis/ano). O parâmetro estabelecido pelo Ministério da Saúde é um (1) mamógrafo para cada 240 mil habitantes.

A baixa cobertura do exame mamográfico no Estado deve-se ao estabelecimento de cotas mensais entre a SESAP, Secretarias Municipais de Saúde e Prestadores dificultando o acesso da mulher ao serviço; na rede pública – serviços de mamografia funcionando um único dia por semana, reduzida carga horária das equipes da Estratégia Saúde da Família.

O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres. O Instituto Nacional de Câncer (INCA/MS) estima 720 novos casos para 2016 no Rio Grande do Norte. Prevenir o câncer de mama significa diminuir o risco da mulher apresentar a doença durante toda a sua vida. A prevenção consiste na eliminação ou diminuição da exposição aos fatores de risco.

         As recomendações do Ministério da Saúde para detecção precoce e diagnóstica desse câncer baseiam-se no Controle do câncer de mama: documento de consenso, de 2004, que considera, como principais estratégias de rastreamento, o exame clínico anual das mamas a partir dos 40 anos e um exame mamográfico, a cada dois anos, para mulheres de 50 a 69 anos. Para as mulheres de grupos populacionais considerados de risco elevado para câncer da mama (com história familiar de câncer da mama em parentes de primeiro grau antes dos 50 anos de idade; história familiar de câncer da mama bilateral ou de ovário em parentes de primeiro grau em qualquer idade; história familiar de câncer da mama masculina; ou mulheres com diagnóstico de lesão mamária proliferativa ou neoplasia lobular in situ), recomenda-se o exame clínico da mama e a mamografia, anualmente, a partir de 35 anos.

Fonte: Defato

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