Com praticamente todas as apurações encerradas, o ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apresentou o balanço do primeiro
turno das eleições deste ano e afirmou que o poder público investiu, ao todo, R$ 650 milhões no processo, ou R$ 4,50 por eleitor. Em 2012, o valor gasto foi R$ 483 milhões, ou R$ 3,44 por eleitor. O ministro justificou, ainda sem certeza, que a alta se deve pelos casos de violência e a necessidade de apoio na segurança pública de 491 municípios. “A alta se explica, talvez, pela maior preocupação com o quadro da segurança pública”, afirmou.
Segundo o presidente do TSE, porém, não foram identificados motivos eleitorais nos ataques que ocorreram no período das campanhas. “Crime organizado e disputa entre milícias são os principais motivos”, afirmou.
Para garantir a segurança nos locais de votação e auxiliar no envio de urnas eletrônicas a municípios isolados, o Ministério da Defesa empregou 25,4 mil militares para atuar em 17 estados. Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, o estado que mais precisou do apoio das forças armadas foi o Rio de Janeiro, onde 6,5 mil militares precisaram atuar. Para o segundo turno, porém, Jungmann estima que não precisará do reforço dos militares.
Ao todo, dos 92 municípios com mais de 200 mil habitantes, 27 terão segundo turno. Entre as capitais, os eleitores terão que voltar às urnas em Macapá, Vitória, Campo Grande, Curitiba, Belém e Florianópolis, no pleito marcado para o próximo dia 30 de outubro. Entre as capitais, a primeira a ter as urnas apuradas foi Curitiba, às 18h08, seguida de Palmas, às 18h31, e Vitória, às 18h40.
Em relação aos gastos com campanhas eleitorais, o TSE contabilizou R$ 2,131 bilhões, quase um terço do que foi gasto em 2012, quando foram gastos R$ 6,240 bilhões.
Abstenções
O número de abstenções aumentou sutilmente com relação às últimas eleições municipais. Em 2012, 16,41% dos eleitores não compareceram às urnas. Neste ano o número de ausentes representou 17,5% dos votantes.
Sobre a quantidade de votos nulos e brancos depositados nas urnas, Gilmar Mendes preferiu esperar a divulgação dos números finais, mas criticou o eleitor que opta por estas alternativas. “Na avaliação da Justiça Eleitoral, o voto branco ou nulo é mais de desinformação, do que de protesto”, afirmou.
Fonte: Congresso em Foco
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