O lateral direito Edílson se manifestou nesta segunda-feira (24). Depois da expulsão no clássico Gre-Nal por conta da briga com Rodrigo Dourado, o jogador
admitiu seu erro, mas justificou o vermelho.
"Gre-Nal é um jogo com adrenalina a mil. O lance começou com o Vitinho dando dois socos no Kannemann e eu acabei chegando com tudo na roda, no tumulto. Não sou louco de dar porrada do nada, mas eu errei. Errei de dar o soco. Mas só fiz o que fiz por ser revide. Se olharem o lance, o braço dele pega no meu nariz. Eu sangrei e fui revidar. Quero deixar bem claro que estou ciente da minha atitude, errei, pedi desculpas ao meus companheiros. Quero pedir desculpa ao Renato, ao torcedor. Mas só aconteceu aquilo por ser um revide. Eu teria de ir para o UFC e não jogar futebol, se não fosse por isso", falou.
O jogador ainda deu sua versão sobre os seis minutos que o árbitro levou para decidir sua expulsão e também dar o cartão vermelho a Rodrigo Dourado, do Inter.
"Não condeno o árbitro. Ele acertou de me expulsar. Está correto. Só achei que deveria ter expulsado o Vitinho, que deu dois socos no Kannemann quando ele estava no chão. Foi um revide. Se olharem o lance detalhadamente vão ver que há um braço do Dourado no meu rosto. Sangrou. Quando ocorreu minha expulsão eu falei para o árbitro que estava certo. Eu agredi ele (Dourado), estou errado, mas não foi do nada. Mostrei sangue na minha camisa. Falei que não daria soco no meu nariz. Foi por isso que expulsou o Dourado. Por mais que os árbitros errem, se vê muita cena entre os jogadores. O cara tem que ser homem", explicou.
O lance começou com uma falta de Kannemann em Valdívia. O argentino se atirou sobre a bola para retardar a cobrança e foi acertado por Vitinho, no chão. Muitos jogadores formaram uma confusão e nela Edílson agrediu com três socos o volante Rodrigo Dourado. Houve também um movimento de braço do colorado no gremista. Tudo relatado em súmula posteriormente.
"As imagens foram bem claras, eu acabei agredindo ele mesmo. Mas foi um revide diante de tudo que aconteceu no lance", explicou. "Não sou amigo dele, então sei lá... Deixo para lá", completou.
Edílson se disse mais maduro na apresentação ao Grêmio, mas o rótulo de 'bad boy' o acompanha. Foram vários momentos de indisciplina na carreira e o do clássico o primeiro da segunda passagem por Porto Alegre.
"Não temo (rótulo de violento). Claro que é chato dar uma coletiva sobre um lance desses. A gente queria estar falando de vitória, gols, mas não temo. Eu sempre tento, no jogo, ser leal. Jogar firme, como eu jogo, mas não chegar para machucar ou ser desleal. E o que aconteceu foi que era clássico, os nervos estavam à flor da pele. E já me desculpei, peço desculpas aos jogadores e ao Renato. É com eles que convivo e que tenho que dar satisfação", falou.
Nesta segunda-feira o jogador recebeu ameaças através das redes sociais, mas disse que não se importa com isso.
"O que acontece em campo tem que ficar ali. O torcedor tem que torcer de maneira passiva e sem violência. O grande legal do Gre-Nal, não vejo as brigas de torcida como Flamengo e Corinthians", opinou. "Nem leio meu Instagram, é uma empresa do Rio que administra. Não tenho medo de ameaça, não. O que houve foi dentro de campo e espero que não gere violência. Não quero brigar com ninguém na rua, mas também não sou otário de ficar quieto. Torço que não aconteça nada, e violência não pode gerar mais violência", finalizou.
Edílson terá de cumprir suspensão diante do Figueirense e será julgado pelos atos no clássico Gre-Nal.
Fonte: Uol
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