A ANAF (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol) anunciou ter tomado medidas por causa das denúncias contra as atuações da
arbitragem no Campeonato Brasileiro. Em um documento enviado ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), o órgão denuncia e pede punição a Lucca, do Corinthians, e Diego Souza, do Sport, além de Celso Roth, do Internacional, e os presidentes de Atlético-MG, Figueirense, Palmeiras e o diretor do Coritiba.
O órgão pede que os acusados sejam enquadrados em três artigos: 258 (assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código), que prevê suspensão de uma a seis partidas; 243-F (ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente ao desporto), que prevê multa de R$ 100,00 a R$ 100 mil e suspensão de uma a seis partidas; 57 (ofensa a honra), que prevê punições a pessoa física, como advertência, repreensão, multa ou devolução de prêmios.
As denúncias referentes a Paulo Nobre e Peter Siemsen, presidente de Palmeiras e Fluminense, respectivamente, aconteceram por causa da postura de ambos diante da polêmica ocorrida no Fla-Flu. Na ocasião, o árbitro Sandro Meira Ricci voltou atrás 13 minutos depois de validar o gol do Fluminense e decidiu marcar impedimento.
Em entrevistas posteriores, Nobre e Siemsen acusaram a arbitragem de fazer uso de interferência externa, o que é proibido no futebol.
Na nota oficial, a ANAF afirma que "os árbitros são idôneos e não tem a intenção de favorecer ou até mesmo a prejudicar qualquer agremiação". O órgão diz, também, ter havido acusações, ofensas, desrespeitos e insinuação infundadas nos casos citados.
No caso de Lucca, atacante do Corinthians, a denúncia acontece por causa da declaração do jogador após a partida entre Corinthians e Flamengo – Guerrero marcou, em posição irregular, para o time carioca. "Quando é com o Corinthians, se a gente faz um gol desses ficam 15 dias, um mês falando disso. Em um jogo grande, não pode ter um erro grosseiro como esse impossível errar dessa forma. Três ou quatro metros impedidos, não é possível", afirmou na época.
Diego Souza foi denunciado por situação semelhante. Na partida entre Sport e Palmeiras, o meia reclamou veementemente por causa de um pênalti não marcado para o time pernambucano. Na sequência do lance, o Palmeiras balançou as redes.
"Eu estou de saco cheio de tanto que eu falo. Às vezes, eu fico até marcado pelo tanto que eu falo. É a mesma coisa do que colocar o nariz de palhaço. A minha vontade é de sair de campo com dez minutos de jogo. Quero honrar a camisa que eu visto. Agora, é vergonhoso o que aconteceu hoje. O campeonato está desenhado para o Flamengo e o Palmeiras, o resto é um campeonato à parte. O juiz tem de pagar caro pelo o que aconteceu hoje", afirmou depois da partida.
No documento, a ANAF ressalta "que não é a primeira que o mesmo atleta se dirige a arbitragem de forma desrespeitosa".
No final do documento, a ANAF diz ficar claro que os acusados duvidaram "da seriedade, imparcialidade, idoneidade dos quadros de árbitros das referidas partidas". O órgão completa dizendo ser inadmissível que tais declarações tenham sido feitas por "formadores de opinião".
Foram denunciados pela ANAF as seguintes pessoas: Peter Siemsen (presidente do Fluminense), Paulo Nobre (presidente do Palmeiras), Wilfredo Brillinger (presidente do Figueirense), Daniel Nepomuceno (presidente do Atlético-MG), Alex Brasil (diretor do Coritiba), Celso Roth (técnico do Internacional), Lucca (atacante do Corinthians) e Diego Souza (meia do Sport).
Fonte: Uol
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