Tânia Macacaris viu seu mundo desabar ao ouvir o filho confessar que matou o pai, Francisco, e a irmã, Milena, de 13 anos, em Vargem Grande Paulista, na grande
São Paulo.
Com apenas 16 anos, o jovem confessou que teve ajuda de um primo, também menor de idade, para cometer os crimes.
De acordo com a delegada Patrícia Barros, o primo trabalhava no escritório de contabilidade da vítima.
— Ele confessa que premeditou, que combinou tudo com o primo, que eles estavam acertados para esse intento.
Os assassinatos aconteceram na casa em que Francisco morava com os filhos desde o divórcio com Tânia, que está desolada.
— Em nenhum momento eu desconfiei, em nenhum momento.
Após fazer uma festa no local onde matou o pai e a irmã, o adolescente foi para a casa da mãe.
Para despistar a família sobre o desaparecimento de Francisco e Milena, ele levantou a suspeita de que o pai teria fugido com a menina.
Tânia contou ao Hoje em Dia que, há algum tempo, pai e filho não estavam se entendendo bem.
— Muita briga! O pai descobriu que ele estava usando drogas e deu castigo para ele, não estava colocando comida dentro de casa mais, não estava mais comprando roupas para ele, como sempre fazia. Isso tudo acabou. E o pai começou a dar mais carinho para a minha menina, prestar mais atenção nela e ela estava muito feliz por causa disso, porque o pai tinha reparado ela: “Agora meu pai está dando carinho para mim! Agora ele olha para mim! Ele está me chamando de ‘meu bebê’!”; ele amava muito a filha.
A delegada ficou impressionada com a frieza dos menores ao relatarem como tudo aconteceu.
— A menina estava dormindo e ele bateu na cabeça dela com um alteres, já esfaqueou pelo pescoço e ela morreu; aí os dois ficaram esperando, à espreita, o pai voltar do jogo de futebol e quando ele entrou na casa, eles esfaquearam o pai e ele não teve nem chance de reação.
Segundo Patrícia, os adolescentes mantiveram os corpos na cena do crime por dois dias. “Eles limparam toda a cena do crime e botaram os corpos dentro de uma mala.
Os dois primos teriam sido ajudados por Welton, que foi sócio da vítima e pai de um dos menores assassinos, para levar os corpos até um terreno baldio.
— Ele foi cumplice, sim, e está sendo autuado também por ocultação de cadáver.
O que motivou o filho a matar o próprio pai e a irmã de 13 anos? Tânia acredita que tudo aconteceu por conta de ciúmes.
— Ciúmes da irmã, ódio da irmã porque o pai começou a dar as coisinhas para ela, dar mais atenção; eu também, pelas coisas que ele estava fazendo. [O crime aconteceu] Por ódio. Ele nunca gostou da irmã.
Já a família de Francisco acredita que o adolesc.ente queria a herança, como explica a cunhada da vítima, Ana Oliveira.
— Acho que foi por causa de bens materiais porque o pai dele tinha a situação financeira boa. Acho que ele pensou nisso, em ficar com as coisas do pai. O pai era contador, tinha uma loja country e uma vida estável. Inclusive, eles invadiram o escritório e roubaram o dinheiro que ele tinha lá.
A ganância por dinheiro também foi maior que o amor de Suzane Richthofen e, em 2002, com a ajuda do namorado, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian, mataram a pauladas o casal Manfred e Marísia von Richthofen.
No início de outubro, Margareth Rodrigues da Silva, de 38 anos, foi presa, pois a polícia acredita que ela mandou o companheiro e um sobrinho matarem o pai dela para receber uma herança de R$ 300 mil. O crime aconteceu na zona rural de Bom Jesus, na Serra Gaúcha.
Filhos que matam os próprios pais são psicopatas? São pessoas com algum tipo de transtorno mental que as deixa livre de culpa? Especialista explica que nem todo assassino é psicopata.
— Ele pode ser psicopata, pode ser que ele seja uma pessoa extremamente agressiva, que perde a noção, explode muito rápido; pode ser que ele seja um usuário muito grave, tenha um transtorno psicótico e na hora do transtorno, em que ele surtou, foi lá, perdeu a noção da realidade e acabou matando os pais. Pode ser pelo dinheiro, pode ser por outra coisa, mas existem vários tipos de diagnósticos que nós podemos justificar isso e, até mesmo, nenhum deles e eles, simplesmente, serem pessoas maldosas.
As consequências de assassinatos em família deixam marcas que o tempo, dificilmente, apaga.
Tânia não consegue segurar as lágrimas ao lembrar de sua filha amada, Milena.
— Estou morta. Ele não matou só a minha menina, a irmã dele, matou eu também. Minha vida acabou sem a minha menininha! Ele destruiu tudo!.
Tânia Macacaris viu seu mundo desabar ao ouvir o filho confessar que matou o pai, Francisco, e a irmã, Milena, de 13 anos, em Vargem Grande Paulista, na grande São Paulo.
Fonte: R7
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