As famílias das vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001, que completarão seu 15º aniversário no domingo (11), poderão processar na Justiça
americana outros países, como Arábia Saudita, segundo lei aprovada nesta sexta-feira (9) pelo Congresso dos Estados Unidos.
Quinze dos 19 autores dos ataques eram sauditas. O projeto de lei, rejeitado por Riad, deve ser ainda sancionado pelo presidente Barack Obama, que já expressou sua oposição a tal medida, que contradiz o princípio de imunidade que protege os Estados de processos civis ou criminais.
Quase 3 mil pessoas morreram nos ataques de 11 de setembro de 2001.
De acordo com a lei atual, as vítimas de terrorismo podem processar somente os país oficialmente designados pelo Departamento de Estado como patrocinadores do terrorismo, como Irã e Síria.
Nenhuma prova
Não foi provada a existência de uma cumplicidade oficial da Arábia Saudita nos ataques da Al-Qaeda e o país nunca havia sido acusado formalmente.
Em fevereiro passado, Zacarias Mussaui, apelidado de "20º sequestrador", disse aos advogados americanos que membros da família real saudita doaram milhões de dólares para a Al-Qaeda nos anos 1990.
A embaixada saudita negou as acusações de Moussaoui, mas suas acusações reavivaram o debate sobre se o governo de Obama deve tornar pública uma seção de 28 páginas do Informe da Comissão 11/9.
Os documentos foram publicados em meados de julho e mostram que mesmo que os Estados Unidos tenham investigado as ligações entre o governo da Arábia Saudita e os ataques de 11/9, houve muitas suspeitas, mas nenhuma prova.
Fonte: G1
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